PPGH/CCHLA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA Telefone/Ramal: (84) 3342-2246/755 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgh

Banca de QUALIFICAÇÃO: ALVARO LUIS LINS DE PAIVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALVARO LUIS LINS DE PAIVA
DATA : 06/09/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Presencial - Auditório A
TÍTULO:
Entre o Rio Potengi, as dunas e o mar: as representações sociais de uma Cidade Alta
na literatura memorialística (1950-1980)

PALAVRAS-CHAVES:

Cidade Alta; Lugar; Obra memorialística; Expansão urbana.


PÁGINAS: 57
RESUMO:

O bairro de Cidade Alta, o primeiro da cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte, desempenhou um papel central como centro político, social e cultural desde o período colonial (XVI - XIX) até a instalação da República (1889). Durante o período colonial, abrigou as sedes dos poderes e serviu como residência para as elites. No período republicano, passou por reformas, incluindo a instalação da praça dos três poderes. Entre as décadas de 1950 e 1980, o bairro se consolidou como a principal zona comercial da capital, transformando-se em um centro boêmio, repleto de bares, cafés e restaurantes. Tornou-se o ponto central das vivências culturais, atraindo intelectuais, artistas e políticos. No entanto, a partir do final dos anos 1970 e início dos anos 1980, surgiram diversas crônicas e obras memorialísticas voltadas para a construção da memória da Cidade Alta. Essa emergência da literatura memorialística é um reflexo da preocupação em preservar a memória do bairro entre os anos de 1950 e 1980. Acreditamos que a escrita das memórias surge como uma forma de resistência às transformações ocorridas na capital, especialmente as mudanças urbanísticas com a construção de conjuntos habitacionais e a afirmação da cidade como polo turístico do Nordeste. Nesse contexto, a obra memorialística se configura como um regime discursivo, isto é uma tentativa de manter o passado vivo no presente dos memorialistas. Para analisar esse aspecto, utilizamos a Análise do Discurso, conforme proposto por Eni Orlandi. Segundo a autora, esse método se baseia na análise da linguagem, que é a forma de mediação entre o indivíduo e a realidade natural e social. A obra memorialística se torna, portanto, um objeto de memória cultural, servindo como um suporte para as memórias que afloram com as transformações espaciais ocorridas na cidade de Natal. De acordo com Aleida Assman, a memória cultural é uma forma artificial de transformar a memória experiencial em memória coletiva, sujeita a diversas distorções devido às escolhas, principalmente de natureza política. Além disso, é importante considerar as categorias espaciais envolvidas na representação feita pelos memorialistas na literatura. Nesse sentido, utilizamos as categorias de análise espaço e lugar, propostas pelos geógrafos humanistas Yi-Fu Tuan e Edward Relph. A partir delas, podemos compreender a Cidade Alta como um lugar sensível, conectado ao elemento emocional dos autores memorialistas, que é construído por meio de vivências e afetos vividos em um passado que eles tentam reinventar por meio da escrita.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.095.524-** - DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JUNIOR - UEPB
Interna - 3216927 - FABIULA SEVILHA DE SOUZA
Interno - 1518086 - FRANCISCO DAS CHAGAS FERNANDES SANTIAGO JUNIOR
Notícia cadastrada em: 22/08/2023 10:57
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