PPGH/CCHLA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA Telefone/Ramal: (84) 3342-2246/755 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgh

Banca de QUALIFICAÇÃO: PEDRO PINHEIRO DE ARAÚJO JÚNIOR

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PEDRO PINHEIRO DE ARAÚJO JÚNIOR
DATA : 10/02/2023
HORA: 14:00
LOCAL: meet.google.com/kyc-ekdi-ibh
TÍTULO:

PROCESSOS DE DESTERRITORIALIZAÇÃO E RETERRITORIALIZAÇÃO NO SÉCULO XIX: INDÍGENAS DA VILA DE EXTREMOZ DO NORTE


PALAVRAS-CHAVES:

História e Espaços. História Indígena. Vila de Extremoz. Diretório dos índios. História do Rio Grande do Norte. Protagonismo indígena.


PÁGINAS: 185
RESUMO:

Analisa a atuação política dos agentes camarários e militares indígenas da Vila deExtremoz do Norte, Capitania do Rio Grande do Norte, nos primeiros anos do séculoXIX. Esse espaço de representação política foi criado a partir da fundação da vila, com ainstituição do Senado da Câmara, em 3 de maio de 1760, no contexto da implantação doDiretório dos Índios nas Capitanias do Norte. A vila foi erigida no local onde,anteriormente, existiu a Missão do Guajiru, espaço missioneiro em que, a partir demeados do século XVII, populações nativas de diversas origens étnicas foramreterritorializadas, ou seja, submetidas a uma nova territorialização coordenada pelaadministração da Igreja Católica e da Coroa portuguesa. Um dos principais objetivos parao estabelecimento do Diretório dos Índios (1755) foi a transformação das pessoasindígenas em vassalos da monarquia portuguesa. Para tanto, foram criados mecanismospara que participassem da vida pública em suas vilas, seja ocupando cargos nas câmaras,recebendo patentes militares, e por fim, “auxiliando” os colonos com a sua mão de obraexplorada em diversas atividades. Dentre o expoente dessa atuação, destacou-se ocapitão-mor dos índios, Hipólito da Cunha da Assunção, o qual, devido a sua diligêncianas várias esferas do poder temporal da referida vila, como vereador, juiz ordinário ediretor dos índios, foi uma importante liderança política junto da população indígena emExtremoz, principalmente, nas querelas relacionadas à posse das terras e ao trabalhocompulsório. Para enveredar nesta investigação, analisamos um conjunto de fontesadministrativas (cartas, requerimentos, ordens régias, ofícios trocados entre o Senado daCâmara de Extremoz, os governadores das Capitanias do Norte, da Mesa do Desembargodo Paço e da Mesa de Consciência e Ordens) e paroquiais (batizados, casamentos, óbitos).Com o cruzamento de fontes que utilizamos, através do método onomástico, foi possívelidentificar que Hipólito da Cunha e demais oficiais indígenas, como Antônio DinisPereira e Ignácio Duarte, protocolaram uma queixa junto ao desembargador da Comarcada Paraíba contra os moradores “principais” da Vila de Extremoz em relação à posseirregular das terras pertencentes aos moradores indígenas. Por fim, a posição firmada poresses personagens demonstra um protagonismo indígena na capitania analisada no iníciodo século XIX, e esse se configurou, na utilização dos espaços de poder, seja camarárioou militar, para a defesa do coletivo dos povos originários reterritorializados neste lugar.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2432663 - HELDER ALEXANDRE MEDEIROS DE MACEDO
Interna - ***.738.524-** - ANA LUNARA DA SILVA MORAIS - UFRN
Interno - 1879280 - LIGIO JOSE DE OLIVEIRA MAIA
Notícia cadastrada em: 01/02/2023 11:41
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