Banca de DEFESA: ALBENIZE DE AZEVEDO SOARES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALBENIZE DE AZEVEDO SOARES
DATA : 06/12/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

ANÁLISE TEMPORAL E ESPACIAL DA MORTALIDADE DE MULHERES POR ARMA DE FOGO NO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Assassinato Feminino; Violência de Gênero; Distribuição Temporal; Análise Espacial; Brasil.


PÁGINAS: 65
RESUMO:

Introdução: O Feminicídio é caracterizado como o assassinato de mulheres decorrentes da desigualdade de gênero. No Brasil, esses crimes são praticados principalmente em locais com maiores índices de pobreza e vulnerabilidade social. A maior ocorrência desses crimes se dá entre as mulheres jovens, pardas, solteiras, de menor escolaridade e baixa renda, sendo executados preferencialmente através do uso da arma de fogo. Objetivo: Analisar a tendência temporal e a distribuição espacial da mortalidade de mulheres por arma de fogo e indicadores socioeconômicos no Brasil de 2010 a 2019. Metodologia: Estudo ecológico de base populacional, tendência temporal e distribuição espacial, baseado em dados secundários do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Considerou-se como variável desfecho a taxa de mortalidade por disparo de arma de fogo em mulheres na faixa etária de 15 a 49 anos de idade, os dados foram analisados através dos softwares de código aberto JoinPoint e Geoda. As variáveis independentes como estado civil, raça/cor e escolaridade, também foram coletadas do SIM, e as demais variáveis como média de renda per capita, percentual de pobres, índice de gine, população pobre, analfabetismo, renda e desemprego foram obtidos através do Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Resultados Preliminares: Identificou a ocorrência de 2.022 óbitos de mulheres por arma de fogo no Brasil na faixa etária de 15 a 49 anos de idade no período de 2010 a 2019, totalizando uma taxa média de 0,36 óbitos/100.000 mulheres. Nesse período houve uma tendência de redução nessas mortalidades a partir de 2017 (APC= -11.8% IC95% -44.2; 39.5), porém sem significância estatística para a maioria das regiões. Apenas a Região Centro-Oeste apresentou uma redução de significância estatística de 2010 a 2014 (APC = -41.9*% IC95% -64.7; -4,3). Contudo, a Região Norte obteve resultado contrário, com uma elevação de significância estatística a partir de 2013 (APC= 23,5* IC95% 0.4; 51.9). Nesse período ocorreu a formação de agregados de RIAUS com altas taxas de mortalidade para as regiões Norte e Nordeste, com a formação dos respectivos clusters (Alto-Alto e Baixo-Alto).  A maior ocorrência desses crimes se deu entre as mulheres pardas, solteiras, de menor escolaridade, desempregadas e de baixa renda. Considerações finais do trabalho: Mesmo o país mostrando uma tendência de redução do feminicídio por arma de fogo na maioria das regiões, os números ainda estão aquém do desejado, com uma vasta distribuição especialmente nas populações mais desfavoráveis social e economicamente como é o caso da Região Norte e Nordeste. Assim sendo, faz-se necessário o fortalecimento e a reestruturação das políticas públicas que visem proteger as mulheres e levem em consideração o contexto social e econômico no qual elas estão inseridas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2507055 - CRISTIANE DA SILVA RAMOS MARINHO
Externa ao Programa - 4113406 - HELLYDA DE SOUZA BEZERRA - UFRNExterna ao Programa - 1774309 - JANMILLI DA COSTA DANTAS SANTIAGO - UFRNExterna à Instituição - ANA MARIA MARTINS PEREIRA
Notícia cadastrada em: 27/11/2023 10:14
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