Banca de QUALIFICAÇÃO: MONIQUE LEITE GALVAO COELHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MONIQUE LEITE GALVAO COELHO
DATA : 30/11/2021
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/xuu-qodz-vfq
TÍTULO:

Meu filho está crescendo e agora? Explorando as necessidades ambientais de crianças com Síndrome de Zika Congênita, de acordo com o ponto de vista de seus pais


PALAVRAS-CHAVES:

Síndrome Congênita do Zika; Participação; crianças; necessidades; ambiente.


PÁGINAS: 25
RESUMO:

Os cenários que envolvem a participação de crianças com Síndrome Congênita do Zika (SCZ) na sociedade se mostram de forma complexa e dependentes de assistências interprofissional contínuas ao longo da vida, além de apoio psicológico e social fornecidos pelos profissionais e gestores de saúde, a fim de promover processos de acompanhamento centrados na família, ou seja, o cuidado integral da criança e sua família. Por outro lado, crianças com deficiência possuem menos acesso à saúde e à educação quando comparados aos seus pares ausentes de deficiência no desenvolvimento. Os serviços públicos têm sido insuficientes e fragmentados, e as orientações, apoio social à família e acompanhamento de crianças com SCZ desestabilizadas. Dessa forma, aspectos relacionados ao uso de produtos e tecnologia, relacionamentos e atitudes de familiares, amigos e profissionais de saúde, são importante frente a construção da linha de cuidado, bem como, a integração de crianças com SCZ na sociedade. Por isso, os conhecimentos acerca das as necessidades das crianças com SCZ, principalmente os fatores ambientais, são fundamentais para planejamentos de ações públicas inclusivas e representativas desta população. O objetivo desta pesquisa foi, portanto, aprofundar a percepção dos pais sobre as necessidades relacionadas aos fatores ambientais de crianças com SCZ, em termos de barreiras e facilitadores.

Participantes com características comuns foram selecionados de forma intencional, cuja coleta de dado esteve pautada na pesquisa ativa, ligação telefônica e abordagens diretas. O critério de inclusão considerou os seguintes requisitos: pais/cuidadores de crianças diagnosticadas com CZS; CZS entre 0 e 6 anos; usuários dos serviços de reabilitação da área de abrangência do estudo (Rio Grande do Norte e Paraíba). Foram realizadas entrevistas semiestruturadas de forma participativa por meio de grupos focais formados por 4 a 6 participantes para a coleta de dados, Seis grupos focais com duração de 60 a 90 minutos foram conduzidos até ser atingida a saturação dos dados. A análise de dados seguiu um percurso metodológicos divido em três etapas, analise temática, teste de confiabilidade do tratamento dos dados (envolvimento público/ paciente na pesquisa- EPP) e revisão por pares.

O primeiro resultado apresentou dez temas oriundos da analise temáticas, dos quais foram readequados para sete temas, após o processo de EPP. Em sequência, o material foi categorizado em barreira e facilitadores e revisados por pares, cujo resultado final gerou um mapa conceitual das necessidades ambientais percebidas pelos familiares de crianças com SCZ. 

Os temas sobre a necessidade de apoio e reconhecimento da sociedade dialogam entre si na representatividade da falta de políticas de suporte e dificuldades acerca da inclusão e reconhecimento social de crianças com a SCZ. O acesso aos serviços de saúde surge como parte essencial ao desenvolvimento físico e cognitivo, igualmente às circunstâncias sociodemográficas que afetam a adesão aos tratamentos. Algumas falas revelam a importância da correta estruturação arquitetônica no sentido de se tornarem adaptadas às crianças, bem como, trechos que retratam estratégias adaptativas de rotina alimentar e medicamentosa utilizadas pelos pais e cuidadores.

Este estudo contribui para abordagens críticas acerca dos impactos ligados aos fatores ambientais de crianças com SCZ, utilizando uma metodologia de ação participativa através do envolvimento dos pais na pesquisa. O reconhecimento das necessidades do cotidiano de crianças com SCZ é um processo em evolução, primordial aos direitos básicos para o convívio adequado na sociedade. Percebeu-se a importância das políticas públicas de incentivos à participação, assim como, o empenho de profissionais em aplicar o cuidado centrado na família, cujo manejo deve ser focado nas habilidades, com o propósito de construir ambientes legítimos à inclusão de crianças com SCZ.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2218795 - EGMAR LONGO HULL
Interna - 1242804 - ADRIANA GOMES MAGALHAES
Externa ao Programa - 2966742 - KAROLINNE SOUZA MONTEIRO
Notícia cadastrada em: 25/11/2021 13:21
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