Banca de DEFESA: THAIS RAQUEL PIRES TAVARES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : THAIS RAQUEL PIRES TAVARES
DATA : 19/08/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Google meet
TÍTULO:

EM POSSE DE UM SEGREDO QUE NÃO ERA MEU: SILÊNCIOS E SEGREDOS EM TORNO DO VIVER COM HIV/AIDS NO SERTÃO NORDESTINO


PALAVRAS-CHAVES:

HIV/aids; Silêncios e segredos; Cidade pequena; Etnografia em serviços de saúde; Experiência com a enfermidade.


PÁGINAS: 131
RESUMO:

Diante de processos sociais produzidos pelo estigma e discriminação em relação ao HIV/aids, as pessoas que vivem com esta condição, sob a lógica da longa duração, se veem diante de um processo de economia de visibilidade: adentram a um universo de silêncios e segredos como forma de proteção. Esta pesquisa parte do pressuposto que, diante das especificidades da dinâmica social dos contextos interioranos, o lugar de origem/moradia, enquanto marcador social da diferença, modela a forma como essas pessoas vivem a soropositividade, de forma que empenham uma série de agenciamentos com vistas à proteção da identidade em um contexto de tendência de borramento entre os aspectos públicos e privados da vida. Diante disso, o objetivo deste estudo consistiu em compreender como é modelada, pensada, vivida e significada a experiência de viver com HIV/aids entre silêncios e segredos no sertão nordestino. A etnografia é o referencial teórico-metodológico adotado para compreensão do objeto de estudo. O campo foi realizado entre os meses de abril e setembro de 2019 em um serviço especializado situado no interior do Rio Grande do Norte. Durante as incursões em campo utilizou-se observação participante, produção de diários de campo e entrevista semiestruturada para a recolha das informações junto aos interlocutores. Esses dados foram interpretados com base na literatura socioantropológica sobre sofrimentos e adoecimentos de longa duração, silêncio e segredo e marcadores sociais da diferença. Da análise deste material foram produzidos dois capítulos. O primeiro, explora a prática etnográfica e a experiência de alteridade no momento em que a pesquisadora viveu um encontro em campo que lhe custou a posse de um segredo que não era seu, a partir do qual iniciou a problematização em torno dos silêncios e segredos em contextos interioranos. O segundo, dialoga com a experiência vivida e narrada no capítulo anterior, quando o interlocutor protagonista do encontro passou a ser o narrador das questões que envolviam o agenciamento dos silêncios e segredos sobre a soropositividade. Da discussão empreendida foi possível concluir que a vulnerabilidade do sigilo da sorologia nos contextos interioranos perpassava pela dinâmica social da cidade que traziam à tona a possibilidade da descoberta do segredo, fazendo com que a PVHA viva no silêncio do seu corpo uma identidade indizível.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2075571 - LUCAS PEREIRA DE MELO
Interna - 2612129 - MERCES DE FATIMA DOS SANTOS SILVA
Externa ao Programa - 3137906 - RAQUEL LITTERIO DE BASTOS
Externo à Instituição - ANA CLAUDIA R. DA SILVA - UFPE
Notícia cadastrada em: 30/07/2020 16:19
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa03-producao.info.ufrn.br.sigaa03-producao