Banca de DEFESA: DEYSIANE SANTIAGO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DEYSIANE SANTIAGO DA SILVA
DATA : 24/04/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Google meet
TÍTULO:

IMPACTO DO ALEITAMENTO MATERNO NO CRESCIMENTO DE CRIANÇAS COM MICROCEFALIA ASSOCIADA À SINDROME CONGÊNITA PELO VÍRUS ZIKA: UMA COORTE DO NASCIMENTO AOS 60 MESES


PALAVRAS-CHAVES:

Microcéfalo; amamentação; atraso de crescimento; baixo peso; criança.


PÁGINAS: 50
RESUMO:

A Síndrome Congênita pelo Vírus Zika (SCZ) engloba uma série de malformações nas crianças expostas na fase intrauterina, a exemplo da microcefalia, que afeta o desenvolvimento físico e cognitivo e desencadeia em complicações no processo de alimentação e crescimento. Apesar de recomendado como primeira fonte de nutrição, não se sabe se o aleitamento materno tem efeito protetor no crescimento dessas crianças diante das intercorrências impostas pela doença. Desta forma, esta pesquisa objetivou analisar a associação entre o aleitamento materno e o crescimento das crianças com microcefalia associada à SCZ. Para tanto, foi realizada uma investigação prospectiva do tipo coorte com crianças com microcefalia pela SCZ residentes no estado do Rio Grande do Norte, acompanhadas do nascimento aos 6, 24, 36, 48 e 60 meses. Para analisar as práticas adequadas de aleitamento foram utilizadas as respostas positivas aos seguintes indicadores: Consumo de colostro nos dois primeiros dias de vida, aleitamento materno exclusivo (AME) nos 6 primeiros meses, aleitamento continuado no segundo ano de vida e aleitamento materno exclusivo de longa duração (AMELD) quando superior a 3 meses. O resultado de crescimento foi avaliado pelos escores z dos índices peso/idade, estatura/idade e peso/estatura, e pela presença falha de crescimento entre os seguimentos. As associações foram exploradas por meio de equações de regressão logística ajustadas por covariáveis. Das 73 crianças acompanhadas, a média de peso ao nascer foi de 2621,8 g (± 573,4), comprimento de 45,8 cm (43,9-47,3), e o tempo médio de AME foi de 3,3 meses. Mais da metade das crianças receberam AMELD, e 21,9% foram amamentadas durante o segundo ano de vida. De forma geral, as crianças apresentaram um padrão de crescimento abaixo do esperado para a idade e sexo (escore z < -2), com aumento progressivo das inadequações ao longo do tempo. Aquelas que estiveram em AMELD apresentaram maiores valores de escores z de peso/idade ao longo do tempo, e esse indicador de aleitamento reduziu a chance do desenvolvimento de baixo peso e baixo comprimento, simultaneamente, aos 24 meses (OR = 0,163; IC 95% = 0,03-0,996; p=0,049). Quando amamentadas até o segundo ano de vida apresentaram menor chance de falha de crescimento entre 6 e 24 meses (OR = 0,034; IC 95% = 0,0-0,52; p=0,015). Desse modo, o incentivo ao AME por pelo menos 3 meses e continuado até o segundo ano de vida pode reduzir significativamente a chance de desvios de crescimento em crianças com microcefalia pela SCZ.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2578592 - KARLA DANIELLY DA SILVA RIBEIRO RODRIGUES
Externa ao Programa - 2549958 - LUCIA LEITE LAIS - nullExterna ao Programa - 2315640 - MARCIA MARILIA GOMES DANTAS LOPES - nullExterno à Instituição - SUELLEN MARY MARINHO DOS SANTOS ANDRAD - UFPB
Notícia cadastrada em: 04/04/2024 16:51
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