Banca de QUALIFICAÇÃO: DEYSIANE SANTIAGO DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DEYSIANE SANTIAGO DA SILVA
DATA : 09/10/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sessão pública realizada por meio de vídeoconferência: https://meet.google.com/odx-cmjo-rsy
TÍTULO:

IMPACTO DO ALEITAMENTO MATERNO NO CRESCIMENTO DE CRIANÇAS COM MICROCEFALIA ASSOCIADA À SINDROME CONGÊNITA PELO VÍRUS ZIKA):UMA COORTE DO NASCIMENTO AOS 60 MESES


PALAVRAS-CHAVES:

Microcéfalo; amamentação; atraso de crescimento; baixo peso; criança.


PÁGINAS: 50
RESUMO:

A Síndrome Congênita do Vírus Zika (SCZ) engloba uma série de malformações às crianças expostas na fase intrauterina, como a microcefalia que afeta o desenvolvimento físico e cognitivo, desencadeando complicações no processo de alimentação e crescimento. Apesar de recomendado como primeira fonte de nutrição, não se sabe se o aleitamento materno tem efeito protetor no crescimento dessas crianças, por isso esta pesquisa objetivou analisar a associação entre o aleitamento materno e o crescimento das crianças com microcefalia associada à SCZ. Para tanto, foi realizada uma investigação longitudinal, prospectiva e observacional do tipo coorte com crianças com microcefalia pela SCZ residentes no Estado do Rio Grande do Norte. Para essa análise, adotou-se as informações dos tempos 0, 6, 24, 36, 48 e 60 meses de idade. O aleitamento materno foi avaliado segundo indicadores propostos pela Organização Mundial de Saúde e o crescimento pelos escores z dos índices peso/idade, estatura/idade, peso/estatura e IMC/idade. As associações foram exploradas por meio de equações de regressão logísticas ajustadas por co-variáveis. Das 73 crianças acompanhadas, a média de peso ao nascer foi de 2621,81 g (± 69,336 DP), comprimento de 44,99 cm (± 3,49 DP), e o tempo médio de Aleitamento Materno Exclusivo (AME) foi de 3,27 meses. Receberam aleitamento em algum momento da vida 91,80% das crianças, 31,5% estiveram em AME até completar os 6 meses e somente 21,90% continuaram sendo amamentadas no segundo ano de vida. As crianças apresentaram, em geral, um padrão de crescimento abaixo do esperado para a idade e sexo, com aumento progressivo dos desvios nutricionais ao longo do tempo. Aquelas que receberam AME superior a 4 meses demonstraram maiores escores z de estatura/idade e peso/idade. Através da regressão logística, obtevese que a presença de AME nos dois primeiros dias de vida reduziu em 99% a chance da criança apresentar baixo comprimento aos 24 meses (OR = 0,007; IC 95% = 0-0,44; p=0,019), e de 97% aos 36 meses (OR = 0,033; IC 95% = 0-0,80; p=0,036). Pelo mesmo método, um tempo de aleitamento exclusivo acima de 4 meses reduz em 80% (OR = 0,200; IC 95% = 0,04-0,98; p=0,047) a chance de desenvolver baixo peso e baixo comprimento, simultaneamente, aos 24 meses. Os resultados ratificam a magnitude da importância do aleitamento materno para a prevenção da dupla carga de má-nutrição também em crianças com SCZ.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 2315640 - MARCIA MARILIA GOMES DANTAS LOPES - nullExterna ao Programa - 4220250 - NIVIA MARIA RODRIGUES ARRAIS - nullExterna ao Programa - 4659679 - SANCHA HELENA DE LIMA VALE - null
Notícia cadastrada em: 28/09/2023 10:55
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