Banca de QUALIFICAÇÃO: SUERDA ISA NASCIMENTO TEIXEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SUERDA ISA NASCIMENTO TEIXEIRA
DATA : 29/09/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sessão pública realizada por videoconferência
TÍTULO:

Associações entre o índice inflamatório da dieta e os desfechos clínicos em pacientes com insuficiência cardíaca atendidos ambulatorialmente

PALAVRAS-CHAVES:

Insuficiência Cardíaca; Dieta; Inflamação; Consumo alimentar; Mortalidade

PÁGINAS: 70
RESUMO:

O índice inflamatório da dieta (IID) tem sido amplamente estudado, considerando as associações com as doenças cardiovasculares (DCV). No entanto, ainda existem lacunas na literatura sobre os achados referentes aos indivíduos com insuficiência cardíaca (IC), especialmente, o impacto do IID sobre os desfechos de mortalidade e hospitalização. Esse estudo teve como objetivo identificar as associações entre o IID e os desfechos de hospitalização e mortalidade em indivíduos com IC atendidos ambulatorialmente. Foram estudados 124 indivíduos com diagnóstico de IC, adultos e idosos de ambos os sexos, atendidos no Ambulatório Interprofissional de Insuficiência Cardíaca do Hospital Universitário Onofre Lopes, em um seguimento de até 36 meses. Avaliou-se parâmetros sociodemográficos, antropométricos, clínicos, bioquímicos e os desfechos clínicos (hospitalização e mortalidade). O consumo alimentar e dietético foi avaliado por meio do Recordatório Alimentar de 24h (R24h), com uma média de 3 recordatórios por indivíduo, sendo identificado os parâmetros alimentares para cálculo do IID. As variáveis foram analisadas de acordo com os tercis do IID (T1: -3,427 a -1,1866; T2: -1,1867 a -0,15643; T3: - 0,15644 a 2,872). Para comparação entre grupos utilizou-se o Teste Kruskal-Wallis, com posterior aplicação do pós-teste de Dunn. As variáveis qualitativas foram comparadas utilizando o teste Qui-Quadrado (χ2) ou Exato de Fisher. As associações entre o IID e os desfechos clínicos (hospitalização e mortalidade) foram observadas por meio da Regressão de Cox. Os indivíduos com IC eram predominantemente do sexo masculino (66,1%) e com excesso de peso (46,0%). O ICFEr (Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção reduzida) e ICFEi (Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção intermediária) foram os tipos mais frequente (76,6%), com etiologia não isquêmica (45,1%) e classe funcional I e II (82,3%). Observou-se que 13,7% da população estudada teve como desfecho óbito e 32,3% hospitalização. Constatou-se que 74,2% dos indivíduos com IC apresentaram classificação da dieta como anti-inflamatória. No T3 de IID total, foram observadas menores concentrações de hemoglobina em comparação ao T1 (p=0,020). Maiores valores de colesterol não-HDL foram identificados no T3 em relação a T1 (p=0,042), além de valores de PCR-us menores em T3 comparado ao T1 (p=0,002). A ingestão de proteínas, fibras total, betacaroteno, vitamina A, piridoxina, vitamina C, niacina, magnésio, potássio, fósforo, alho e cebola foram maiores no T1 em relação ao T2 e T3 (todos p<0,05). Já o consumo de gordura saturada foi menor em T1 em relação ao T2 e maior em relação ao T3 (p=0,042 e p=0,021, respectivamente). Avaliando o IID dos parâmetros alimentares com relação aos tercis, evidenciou-se menores valores, traduzidos como sendo anti-inflamatórios, no T1 em comparação com os T2 e T3, das seguintes variáveis: IID betacaroteno, IID piridoxina, IID vitamina A, IID gordura saturada, IID fibra, IID alho e IID cebola (todos p<0,05). Não foram observadas associações do IID, categorizado em tercis, e os desfechos de mortalidade e hospitalizações (todos p>0,05). Em conclusão, foi evidenciada dieta com alto potencial inflamatório, além de alta frequência de hospitalização e mortalidade, sem associações com o IID.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ADÉLIA DA COSTA PEREIRA DE ARRUDA - UFPB
Presidente - 2306763 - KARINE CAVALCANTI MAURICIO DE SENA EVANGELISTA
Externa ao Programa - 2315640 - MARCIA MARILIA GOMES DANTAS LOPES - null