Banca de DEFESA: JULIANA MORAIS DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JULIANA MORAIS DE SOUSA
DATA : 26/05/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Sessão pública realizada por videoconferência: https://meet.google.com/odx-cmjo-rsy
TÍTULO:

Associação entre consumo materno de alimentos ultraprocessados, práticas alimentares e desvios nutricionais em lactentes menores de 6 meses


PALAVRAS-CHAVES:

Classificação NOVA, Sobrepeso, Crescimento, Aleitamento materno, Nutrição materno-infantil.


PÁGINAS: 90
RESUMO:

Apesar do impacto negativo do consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) na saúde já estar amplamente divulgado na literatura, ainda há poucas evidências sobre as consequências do consumo materno de AUP na saúde pós-natal da sua prole durante a lactação. Diante dessa lacuna, o objetivo deste trabalho foi avaliar a associação entre o consumo de AUP materno, práticas alimentares e desvios nutricionais dos seus lactentes. Trata-se de estudo transversal realizado com 111 binômios mãe-filho até 150 dias pós-parto, assistidos no programa de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da rede de atenção primária à saúde de Natal-RN. As práticas alimentares referentes ao aleitamento materno foram avaliadas por seis indicadores. Os desvios nutricionais foram avaliados por escore z do peso para idade (PIZ), comprimento para idade (CIZ) e IMC para idade (IMCZ), de acordo com as curvas de crescimento da Organização Mundial de Saúde. O consumo materno foi obtido por dois recordatórios 24h e os alimentos foram categorizados segundo a classificação NOVA.O binômio foi agrupado segundo maior quartil de participação energética de consumo materno de AUP (< Percentil 75, nomeado Q1-3 e ≥ Percentil 75, nomeado Q4). Modelos de regressão logística binária ajustados pelas variáveis renda, escolaridade materna, aleitamento materno exclusivo (AME), peso ao nascer e comprimento ao nascer, foram usados para estimar a associação entre consumo materno de AUP, práticas alimentares inadequadas e desvios nutricionais segundo PIZ, CIZ e IMCZ. As mulheres tinham em média 28 anos, 36% não haviam concluído o ensino médio, a maioria estavam na linha da pobreza (66,7%, n=74), e a participação de AUP na dieta foi 26,24% (0-44 IC 95%). Os lactentes tinham em média 61 dias, 72,8% estavam em AME e apenas 58,6% haviam recebido o leite colostro. Um terço dos lactentes apresentaram excesso de peso (IMCZ) e 11,7% baixo comprimento para idade (CIZ), sendo encontrada uma associação significativa entre o maior quartil de participação de AUP na dieta materna e a chance de apresentar algum desvio nutricional no lactente (magreza ou excesso de peso) (OR 3,38; IC95%1,29 - 8,83), e o baixo comprimento para idade (OR 3,89; IC95% 1,04 – 14,58). Entretanto, não houve associação com as práticas alimentares. Os achados demonstram que o consumo de AUP durante a lactação está associado a desvios nutricionais nos lactentes amamentados, reforçando os riscos à saúde que o consumo de AUP pode provocar. Esses resultados também alertam a necessidade de uma maior atenção à assistência nutricional na lactação, visto que os impactos no crescimento na fase na lactação e na primeira infância podem induzir efeitos de longo prazo, incluindo falhas no crescimento e desenvolvimento de DCNT’s na fase adulta.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 2646462 - BRUNA LEAL LIMA MACIEL
Presidente - 2578592 - KARLA DANIELLY DA SILVA RIBEIRO RODRIGUES
Externa à Instituição - PATRÍCIA DE CARVALHO PADILHA - UFRJ
Notícia cadastrada em: 02/05/2023 10:41
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa02-producao.info.ufrn.br.sigaa02-producao