Banca de DEFESA: ISABELLI LUARA COSTA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ISABELLI LUARA COSTA DA SILVA
DATA : 29/03/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Sessão pública realizada por meio de vídeo conferência
TÍTULO:

Status de selênio e insuficiência cardíaca: associações com parâmetros clínicos, nutricionais e impacto sobre desfechos clínicos


PALAVRAS-CHAVES:

Insuficiência Cardíaca; Selênio; Biomarcadores; Análise de sobrevida.


PÁGINAS: 107
RESUMO:

A deficiência de selênio tem sido um achado frequente em indivíduos com insuficiência cardíaca (IC), porém existem lacunas na literatura sobre os fatores associados à essa condição, bem como o impacto do status de selênio sobre os desfechos de mortalidade e hospitalização. Esse estudo teve como objetivo avaliar o status de selênio e suas associações com parâmetros clínicos, nutricionais e desfechos clínicos em indivíduos com IC de Fração de Ejeção reduzida ou levemente reduzida (ICFEr) ou IC de Fração de Ejeção preservada (ICFEp) acompanhados ambulatorialmente. Foram estudados 80 indivíduos com diagnóstico de IC, adultos e idosos de ambos os sexos, atendidos no Ambulatório Interprofissional de Insuficiência Cardíaca do Hospital Universitário Onofre Lopes, em um seguimento de até 36 meses. Avaliou-se as concentrações de selênio no plasma, ingestão dietética de selênio, parâmetros sociodemográficos, antropométricos, clínicos, bioquímicos e os desfechos clínicos (hospitalização e mortalidade). O selênio no plasma foi medido por espectrometria de massa de plasma indutivamente acoplado. As variáveis independentes foram analisadas de acordo com os tercis das concentrações de selênio do plasma. Modelos de regressão linear múltipla foram executados utilizando o método stepwise para determinar associações entre o selênio no plasma e as demais variáveis. A análise da Curva Característica de Operação do Receptor (ROC) foi realizada para definição de um ponto de corte dos valores de selênio no plasma com maior sensibilidade e especificidade para os desfechos clínicos de mortalidade e hospitalização. As relações entre o status de selênio e os desfechos clínicos foram observadas por meio da Regressão de Cox. Os indivíduos com IC eram predominantemente do sexo masculino (61,3%) e com excesso de peso (52,5%). O IC de fração de ejeção reduzida ou levemente reduzida foi o tipo mais frequente (70,0%), com etiologia não isquêmica (55,0%) e classe funcional I (71,2%). Uma porcentagem expressiva de participantes apresentou concentrações de selênio no plasma dentro da faixa de referência (91,2%) e a prevalência de inadequação do consumo do elemento foi de 29,12%. A análise de regressão indicou associações entre albumina (β=0,113, p<0,001; R²=0,291) e triacilglicerois (β=0,0002, p=0,021, R²=0,376) com o selênio no plasma. O ponto de corte de selênio no plasma ≥ 83,80 µg/L foi associado ao aumento do risco de mortalidade por todas as causas [HR=17,09 (1,49-196,15); p=0,023] e hospitalizações [HR=7,59 (1,11-51,81); p=0,038]. Em conclusão, observou-se que a maioria dos indivíduos com IC atendidos ambulatorialmente apresentou valores de selênio no plasma dentro da faixa de normalidade, destacando-se a albumina e os triacilglicerois como preditores independentes dessa variável. Além disso, o ponto de corte de selênio no plasma ≥ 83,80µg/L foi relacionado com aumento do risco de desfechos clínicos desfavoráveis nessa população.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 3218336 - BRUNA ZAVARIZE REIS
Externa à Instituição - Graziela Biude Silva Duarte - USP
Presidente - 2306763 - KARINE CAVALCANTI MAURICIO DE SENA EVANGELISTA
Externo à Instituição - MARCOS FERREIRA MINICUCCI - UNESP
Notícia cadastrada em: 01/03/2023 15:48
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