Banca de DEFESA: MARIA EDUARDA BEZERRA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA EDUARDA BEZERRA DA SILVA
DATA : 28/03/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Departamento de Nutrição
TÍTULO:

CONSUMO DE FRUTOSE NATURAL OU ADICIONADA E SUA RELAÇÃO COM MARCADORES HEPÁTICOS EM ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO


PALAVRAS-CHAVES:

Doença hepática gordurosa não alcoólica; alanina aminotransferase; alimentos ultraprocessados; adolescentes; excesso de peso.


PÁGINAS: 62
RESUMO:

A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) apresenta alguns estágios, desde a deposição de lipídeos no parênquima hepático até casos de hepatite, fibrose, cirrose e carcinoma hepatocelular. Em situações de injúria hepática, há o aumento nas concentrações das transaminases hepáticas, em especial, da alanina aminotransferase (ALT). A ingestão alimentar inadequada, vem sendo considerada um dos fatores causais para desenvolvimento e progressão desta doença. Nesse contexto, atualmente, a frutose, em especial aquela proveniente de fontes não naturais, vem sendo estudada como um fator causal, independente, no desenvolvimento da DHGNA e desfechos metabólicos desfavoráveis. Desse modo, o objetivo deste estudo é investigar a relação entre o consumo da frutose segundo sua origem, a partir do tipo de processamento de alimento, com marcadores hepáticos e parâmetros metabólicos em adolescentes com excesso de peso. Trata-se de um estudo transversal com adolescentes de 10 a 19 anos, diagnosticados com sobrepeso ou obesidade. Foram coletados dados antropométricos (estatura, peso e circunferência da cintura), bioquímicos (perfil lipídico, glicídico e concentrações de ALT, AST, GGT e fosfatase alcalina), e foram aplicados dois recordatórios 24 horas para análise do consumo alimentar. O consumo alimentar habitual foi estimado pelo Multiple Source Method (MSM). Para quantificação da frutose consumida, foi feito o matching dos alimentos presentes no recordatório com os presentes na Food Standards Australia Nova Zelândia. Logo após, os alimentos foram classificados segundo os grupos alimentares da classificação NOVA, pelo seu tipo de processamento. Com isso, foi calculada a quantidade de frutose oriunda de cada grupo alimentar. Os alimentos foram então distribuídos em dois grupos, de acordo com a origem da frutose: natural (alimentos in natura e minimamente processados) ou adicionada (alimentos processados e ultraprocessados). Na análise de dados, foram empregados os procedimentos de estatísticas descritivas de média e desvio padrão e intervalo de confiança da média para as variáveis quantitativas e distribuição de frequência e seus intervalos de confiança de 95% (IC95%) para as variáveis categóricas. Para identificar possíveis diferenças no perfil dos adolescentes foram aplicados o teste qui-quadrado para as variáveis categóricas e o teste “t” de Student ou Anova para comparação de médias. Para verificar a associação entre o consumo de frutose e o perfil nutri¬¬cional e metabólico foram realizadas análises de regressão linear para as variáveis contínuas e regressão logística para as variáveis categóricas. Todos os testes estatísticos foram considerados com nível de significância de 95% (p <0,05). Na população, 91 eram meninos e 83 meninas, em que verificamos alterações para a ALT em 55,1% dos meninos e 44,9% das meninas; para o TG, em 51,3% nos meninos e 48,7% nas meninas e no HDL-c, 56% meninos e 44% das meninas com valores abaixo do recomendado. Os meninos apresentaram maior nível de atividade física (p=0.032), maior consumo calórico da dieta (p=0.011), maiores valores séricos de AST (p=0.003) e fosfatase (p<0.001). Os alimentos que mais contribuíram com a quantidade média de frutose foi o açaí, no grupo da frutose natural e os refrigerantes no grupo da frutose adicionada. O consumo de frutose adicionada, mostrou associação com aumento nos valores de TG, em que a frutose adicionada foi associada com maior risco de aumento nos triglicerídeos (B= 1.546; IC95%: 2.144), sendo de até 54,6%, independentemente, do ajuste. Não houve associação nas outras variáveis. Com isso, é evidenciado que o consumo de frutose adicionada, proveniente dos grupos de alimentos processados e ultraprocessados foi relacionado com aumento nas concentrações de TG em adolescentes com excesso de peso, entretanto, não foi encontrada associação com alterações nas concentrações de ALT.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - ***.187.524-** - DIOGO VALE - IFRN
Externa à Instituição - JOSIANE STELUTI - UNIFESP
Externa ao Programa - 2315640 - MARCIA MARILIA GOMES DANTAS LOPES - nullPresidente - 1452705 - SEVERINA CARLA VIEIRA CUNHA LIMA
Notícia cadastrada em: 28/02/2023 08:30
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