Banca de DEFESA: PRISCILA GOMES DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PRISCILA GOMES DE OLIVEIRA
DATA : 31/10/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Sessão pública realizada por videoconferência
TÍTULO:

Impacto do consumo de Alimentos Ultraprocessados na Saúde Materno-Infantil: Uma Revisão Sistemática


PALAVRAS-CHAVES:

Classificação NOVA. Obesidade. Padrões alimentares. Gestação. Lactação. Criança.


PÁGINAS: 85
RESUMO:

O consumo de alimentos ultraprocessados tem impactado negativamente na qualidade da dieta, no aumento de riscos de agravos à saúde e de doenças relacionadas ao excesso de peso na população adulta. Apesar disso, ainda há poucas evidências que estudem o impacto desse consumo na saúde materno-infantil, sendo de grande importância sistematizar essas informações. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar, a partir da literatura, a influência do consumo de alimentos ultraprocessados na saúde de gestantes, mulheres lactantes e crianças. Foi realizada uma revisão sistemática registrada no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO) (CRD42021236633), seguindo as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Review and Metanalysis (PRISMA), nas bases de dados PubMed/Medline, Scopus, Web of Science, Scielo e diretório da CAPES. Os critérios de elegibilidade adotados foram: a) apresentar o consumo alimentar pela classificação NOVA, b) serem estudos observacionais desenvolvidos com a população de gestantes, mulheres lactantes ou lactentes/crianças; e c) análise de desfecho de saúde (nutricional e doenças) associados ao consumo de AUP. Todos os dados foram analisados e extraídos para uma planilha estruturada por duas revisoras independentes. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada com a Escala de Newcastle-Otawa (Rob 2). As buscas recuperaram 8.294 estudos e 24 contemplaram os critérios de elegibilidade. A maioria dos estudos incluídos eram coorte (n=14, 58,3%), tinham gestantes como população (n=13, 54,2%) e apenas dois estudos avaliaram o consumo de AUP em neonatos e mulheres lactantes. Panoramicamente, observou-se que a maior participação de AUP na dieta das populações estudadas tem sido associada a diferentes desfechos materno-infantis, como aumento do ganho de peso e medidas de adiposidade, prejuízos no crescimento intrauterino e desenvolvimento cognitivo, na saciedade, maior desmame precoce, pior qualidade da dieta, alterações metabólicas, ocorrência de doenças, provável inadequação na composição do leite materno e consumo de plástico originado da embalagem. Apenas um dos estudos incluídos não apresentou alta qualidade metodológica. Apesar da literatura limitada sobre o consumo de AUP e seus desfechos na saúde da população materno-infantil, o maior consumo de AUP impactou negativamente os indicadores de nutrição e desenvolvimento de doenças em todos as fases da vida estudadas. Considerando a expressiva participação desses alimentos na dieta, outros estudos devem ser realizados para investigar o impacto do consumo de AUP em diferentes indicadores de saúde, principalmente na fase da lactação, pois foi a que apresentou uma maior lacuna de conhecimento.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - DANIELA VASCONCELOS DE AZEVEDO - UECE
Presidente - 2578592 - KARLA DANIELLY DA SILVA RIBEIRO RODRIGUES
Externo à Instituição - RENATA BERTAZZI LEVY - USP
Notícia cadastrada em: 19/10/2022 13:44
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