Banca de DEFESA: IASMIN MATIAS SOUSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : IASMIN MATIAS SOUSA
DATA : 23/11/2023
HORA: 14:00
LOCAL: REMOTA - https://meet.google.com/bcn-farw-agk
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES HOSPITALIZADOS E NÃO HOSPITALIZADOS E ASSOCIAÇÕES COM DESFECHOS CLÍNICOS ADVERSOS


PALAVRAS-CHAVES:

estado nutricional; desnutrição; sarcopenia; tempo de internação hospitalar; mortalidade; fragilidade


PÁGINAS: 116
RESUMO:

A avaliação do estado nutricional, tanto no âmbito ambulatorial quanto hospitalar, permite direcionar a conduta terapêutica e acompanhar a evolução dos tratamentos propostos a esses pacientes. Apesar de existirem diferentes métodos, as conclusões ainda são conflitantes em relação ao mais adequado para avaliação dessa população no que tange a validade em predizer desfechos clínicos adversos. Esta tese de doutorado teve como objetivo investigar a validade de diferentes métodos de avaliação do estado nutricional de pacientes hospitalizados e não hospitalizados a partir da  associação entre os diagnósticos por elas estabelecidos e desfechos clínicos adversos (tempo de internação hospitalar, readmissão hospitalar e mortalidade). A mesma é composta pelos produtos oriundos de quatro estudos de coorte independentes: 1) estudo envolvendo pacientes adultos e idosos com câncer gástrico e colorretal em tratamento que teve por objetivo avaliar a acurácia de indicadores nutricionais isolados (IMC, força do aperto de mão - FAM, circunferência da panturrilha - CP) para diagnóstico de desnutrição (tendo como método de referência a avaliação subjetiva global preenchida pelo paciente - ASG-PPP) e sua associação com mortalidade; 2) estudo incluindo adultos e idosos hospitalizados avaliados nas primeiras 72 horas após a admissão hospitalar em cinco hospitais de um complexo hospitalar do Sul do país, que teve por objetivo testar a validade preditiva da CP ajustada para o IMC (CPimc), tendo como desfechos de interesse tempo de internação hospitalar prolongado, readmissão hospitalar e mortalidade. Peso, estatura e CP foram aferidos e IMC calculado e os ajustes aplicados nos valores brutos de CP previamente à classificação como normal ou reduzida; 3) na mesma amostra de pacientes hospitalizados foi realizado o diagnóstico de desnutrição e de sarcopenia e avaliada a associação destas condições isoladas e sobrepostas com os desfechos clínicos; 4) estudo com pacientes idosos com câncer gastrointestinal avaliando a associação do diagnóstico de sarcopenia e fragilidade isoladas e sobrepostas com mortalidade. De acordo com os resultados obtidos no primeiro estudo, os indicadores nutricionais IMC, FAM e CP não foram acurados para o diagnóstico de desnutrição (ASG-PPP como referência). Contudo, ASG-PPP e CP foram preditores independentes de mortalidade nos pacientes com câncer gástrico e coloreretal (n = 178, HR= 2,9 [IC95% 1,5 - 5,9] and HR = 2,4 [IC95% 1,1 - 5,2] respectivamente). Os resultados do estudo 2 (n = 550 pacientes ) demonstraram que o risco ou presença de sarcopenia aumentam em 4.0 vezes o risco de mortalidade hospitalar [IC95% 1,1 - 13,9], já a sobreposição de sarcopenia-desnutrição foi associada a maior tempo de internação (OR = 2.7; IC95% 1,4 - 5,3), readmissão hospitalar (OR = 7.6, IC95% 3,1 - 19,6) e mortalidade (OR = 1.2, IC95% 1,1 - 1,2) seis meses após alta hospitalar em pacientes hospitalizados com diferentes patologias. No estudo 3, valores reduzidos de CPimc foram identificados em mais de 60% dos 554 pacientes hospitalizados avaliados e foram um preditor independente de tempo de internação prolongado (OR = 1.7; IC95% 1,2 - 2,4). No estudo 4 identificamos que a coexistência de sarcopenia e fragilidade foi associada a maior risco de morte (HR = 3.0; IC95% 1,5 - 6,1) em pacientes idosos com câncer gastrointestinal (n = 179) quando comparadas aos parâmetros isolados. Os achados da presente tese de doutorado reforçam a importância de avaliar e diagnosticar as diferentes situações que geram comprometimento do estado nutricional, tais como desnutrição, sarcopenia e fragilidade, tanto em pacientes hospitalizados como naqueles ambulatoriais. Ademais, demonstram a aplicabilidade clínica da medida da CP reduzida tanto em pacientes oncológicos como em pacientes gerais e alertam para a necessidade de ponderar a influência da adiposidade quando da classificação de CP reduzida.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALEXANDRE COELHO SERQUIZ - UFPB
Externa à Instituição - ALINE MARCADENTI DE OLIVEIRA - HC
Presidente - 1879430 - ANA PAULA TRUSSARDI FAYH
Externa ao Programa - 2306763 - KARINE CAVALCANTI MAURICIO DE SENA EVANGELISTA - nullExterna ao Programa - 2315640 - MARCIA MARILIA GOMES DANTAS LOPES - null
Notícia cadastrada em: 13/11/2023 10:49
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