Banca de DEFESA: CARLA DJAINE TEIXEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CARLA DJAINE TEIXEIRA
DATA : 28/02/2023
HORA: 09:30
LOCAL: Videoconferência (Google Meet)
TÍTULO:

FLEXITARIANOS NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS FATORES SOCIOECONÔMICOS QUE INFLUENCIAM A REDUÇÃO DO CONSUMO DE CARNE


PALAVRAS-CHAVES:

Consumo de carne; flexitarianismo; desenvolvimento sustentável; transição de proteína; Brasil.


PÁGINAS: 67
RESUMO:

O flexitarianismo, que é um tipo de dieta baseado na redução do consumo de carnes, vem sendo apontado como um importante aliado na transição para sistemas alimentares sustentáveis, capazes de auxiliar na mitigação das mudanças climáticas e no fortalecimento da  segurança alimentar e nutricional em diferentes contextos. Todavia, até aqui, sabemos pouco sobre os  fatores socioeconômicos relacionados à adesão ao flexitarianismo. Desenvolvemos este trabalho com o objetivo de caracterizar o perfil socioeconômico dos flexitarianos no Brasil relacionando aspectos desse perfil com os padrões de consumo de carne dessa população. Com este estudo buscamos responder quatro perguntas: (1) qual o perfil sociodemográfico dessa população; (2) quais são as principais motivações para adesão a essa dieta; (3) qual a frequência do consumo de carnes; e (4) quais os principais substitutos de carne consumidos pela população flexitariana? Coletamos dados por meio de um formulário eletrônico que foi autopreenchido por 1029 pessoas de todo o Brasil que se consideram flexitarianas. Para analisar os dados usamos estatística descritiva e inferencial (ex.:  Kruskal-Wallis, correlação de Spearman, regressão logística multinomial). Nossas descobertas indicam que (i) o modelo alimentar flexitariano é caracterizado pela maior adesão de mulheres com alto nível de escolaridade formal; (ii) essas pessoas são motivadas principalmente por questões relacionadas ao impacto do consumo da carne no meio ambiente e por questões de saúde pessoal e bem-estar animal; (iii) o padrão de consumo é caracterizado pelo menor consumo de carne bovina (menos de duas refeições por semana) e maior consumo de frango (três refeições por semana) e, por fim, observamos que (iv) os principais substitutos de carnes são fontes de proteínas vegetais (ex.: leguminosas) e ovos. Concluímos que adotar uma dieta flexitariana no Brasil pode ser um indicador positivo da condição de bem-estar social de indivíduos. Essa conclusão traz complexidades adicionais para o estudo do flexitarianismo em países do Sul Global, em que a redução compulsória de consumo de carne pode ser um indicador de vulnerabilidade socioeconômica.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3859825 - MICHELLE CRISTINE MEDEIROS JACOB
Interno - 1501788 - ALEXSANDRO GALENO ARAUJO DANTAS
Externa à Instituição - DIRCE MARIA LOBO MARCHIONI - USP
Notícia cadastrada em: 08/02/2023 08:09
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