A intubação orotraqueal (IOT) se caracteriza por um procedimento invasivo, privativo do profissional médico, no qual uma cânula é introduzida na traqueia com objetivo principal de garantir uma via aérea definitiva. Com o surgimento da última pandemia do COVID-19, a preocupação com o adequado domínio da técnica pelos profissionais de saúde, principalmente entre os egressos (recém-formados) ficou mais evidente. O presente projeto tem o intuito de fazer uma avaliação prévia do conhecimento dos estudantes que estão no internato do curso de medicina da UFRN acerca do procedimento de intubação orotraqueal, com foco na parte prática, seguido de um treinamento teórico-prático. Ao fim do estágio, estes estudantes serão submetidos a nova avaliação, com comparação dos dados. Optou-se pela realização de uma pesquisa quali-quantitativa, em que os estudantes do décimo período do curso de medicina da UFRN foram submetidos a aplicação de uma estação prática com check-list sobre IOT em ambiente simulado, junto a um curto questionário de escala Likert. Os resultados deste estudo destacam a relevância do treinamento prático na técnica de intubação orotraqueal (IOT) e sua influência direta no aprendizado. Antes do treinamento, uma parcela significativa de alunos demonstrou preparo insuficiente, e 59,4% deles perceberam a formação em técnicas de IOT como inadequada. Contudo, após o treinamento, observou-se uma melhoria substancial no desempenho dos alunos. Além disso, infere-se que houve mudança significa nas respostas do pré e pós testes em relação ao sucesso na realização da IOT entre os alunos. A instrução prática na técnica de intubação orotraqueal (IOT) revela-se fundamental para a formação dos internos de medicina. A utilização de abordagens metodológicas e simuladores resultou em um aumento notável na competência e autoconfiança dos alunos após a intervenção.