Banca de DEFESA: ANA ELISA BARBOZA DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA ELISA BARBOZA DE SOUZA
DATA : 19/12/2023
HORA: 15:00
LOCAL: REMOTO-VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS NO BRASIL: SÉRIE TEMPORAL DE 2000 A 2020

 


PALAVRAS-CHAVES:

Saúde Pública. Mortalidade. Causas Externas. Ferimentos por arma de fogo.  

 


PÁGINAS: 88
RESUMO:

A mortalidade é um dos principais indicadores de saúde no mundo. As causas externas estão entre as principais causas de mortalidade no Brasil e no mundo, além de serem responsáveis por grande parte das internações hospitalares. Em 2019, o Brasil foi o 2º país com o maior número de óbitos por lesões no mundo. Durante o mesmo ano, o país ocupava o 1º lugar na região da América Central e do Sul.  Elas ocupam o 3º lugar no ranking de mortes brasileiras, somente no ano de 2020 foram responsáveis por mais de 146 mil mortes, mesmo estando tabuladas na lista de causas evitáveis. Desse modo, esse estudo objetiva avaliar a mortalidade por causas externas no Brasil, bem como a causa mais prevalente, considerando uma série histórica de 2000 a 2020. Trata-se de um estudo ecológico de abordagem quantitativa, com dados sobre quantidade de óbitos por causas externas no Brasil, no período de 2000 a 2020. A coleta de dados foi realizada nos Sistemas de Informação do Sistema Único de Saúde, concentradas no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, filtrando os óbitos por causas externas por variável dependente e ano, escolaridade, raça, faixa etária, local de ocorrência, estado civil e categoria como independentes. Os dados foram coletados durante o período de setembro e outubro de 2022, e foi usado para análise de dados o software Joinpoint para cálculo de regressão linear e as tendências nas regiões brasileiras. Os resultados mostraram uma tendência crescente da mortalidade por causas externas no Brasil e regiões nos primeiros anos, e decrescente nos últimos anos do estudo. Além disso, a maioria dos óbitos se concentram na população masculina, de 20 a 29 anos, com 4 a 7 anos de escolaridade. A região Sudeste apresenta uma diferença quando comparado ao Brasil e demais regiões, demonstrando que mesmo sendo uma causa comum e preocupante de mortalidade, há diferenças entre as regiões, tanto em números quanto em causalidade. Ao mesmo momento que alguns grupos apresentam aumento significativo do número de mortes, outros apresentam declínio, com isso há uma mudança no comportamento do número total de mortes por causas externas em todo o país, bem como nas regiões. Além disso, a maioria das mortes por causas externas ocorreram na população masculina, entre pessoas com faixa etária entre 20 e 29 anos, pardas e solteiras. Dentre as principais mortes estão a agressão por disparo ou outra arma de fogo ou não especificada, acidentes de veículos motorizados e não motorizados e outros tipos de veículos não especificados, agressão por objeto cortante ou penetrante e lesão autoprovocada intencionalmente, enforcamento, estrangulamento ou sufocamento. Sobre a causa mais prevalente, ou seja, a agressão de disparo de outra arma de fogo ou outra arma, foram registrados 712.475 mortes, com o maior número registrado foi no ano de 2013, correspondendo a uma taxa de 51 mortes por 100 mil habitantes Diante disso, se faz necessário a avaliação da aplicação das políticas públicas protetoras, bem como das medidas socioeducativas e leis que versam sobre essa temática, com o intuito de proteger essas condições sensíveis de prevenção, auxiliando na diminuição das taxas de mortalidade por causas externas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1879353 - FABIA BARBOSA DE ANDRADE
Interna - 2262871 - ANA ELZA OLIVEIRA DE MENDONCA
Externa à Instituição - CRISTINA KATYA TORRES TEIXEIRA MENDES - UFPB
Notícia cadastrada em: 14/12/2023 10:27
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