Moralidade na obra de Simone de Beauvoir
Liberdade; responsabilidade; ambiguidade; autenticidade.
O objetivo da presente pesquisa consiste na demonstração de que a obra de Simone de Beauvoir (1908-1986) é, como obra filosófica, uma obra de filosofia moral. Realizamos um recorte temporal e selecionamos seus textos publicados no período entre a ocupação nazista em Paris e a Segunda Guerra Mundial. Partimos de um recorte biográfico para contextualizar a vida e a obra da referida autora. Inicialmente destacamos alguns acontecimentos relevantes de sua vida, que podem ter influenciado seu pensamento. Em seguida, adentramos na questão do seu engajamento literário e político, sua confluência de ideias com o também filósofo Jean-Paul Sartre, bem como, a influência que os filósofos: Maurice Merleau-Ponty, Soren Kierkegaard, Albert Camus, Friedrich Nieztsche e Karl Marx tiveram em sua obra. No segundo momento, traçamos um paralelo entre o princípio responsabilidade do alemão Hans Jonas e sua moral da ambiguidade, e apontamos algumas críticas sofridas por ambos. No terceiro capítulo, trabalhamos a noção de escolha e suas interconexões com conceitos correlatos. No quarto capítulo descortinamos o modo que a filósofa francesa elabora os conceitos de liberdade, subjetividade, solidariedade, responsabilidade, autenticidade. E por fim, apresentamos a visão da autora sobre a situação específica da mãe.