Da sociedade pré-tecnológica a tecnológica: um exame sobre os limites da liberdade para Hebert Marcuse.
Liberdade; psicanálise; política; tecnologia; repressão.
A proposta central desse trabalho é investigar em Eros e civilização (1955) e O homem unidimensional (1964), obras de Herbert Marcuse, a forma como a sociedade pré e tecnológica tem determinado os limites da liberdade através de mecanismos de controle. Essa análise parte num primeiro momento de Eros e civilização, da leitura de Marcuse sobre as especulações antropológicas de Freud. Marcuse nessa obra usa a psicanálise para problematizar a relação entre civilização e repressão, assim como para pensar os espaços de liberdade que restam, representados pelos elementos de recusa. Em seguida é abordado em O homem unidimensional os novos elementos que aparecem em torno de uma dominação mais fechada que caracteriza o esvaziamento quase total da liberdade na sociedade tecnológica. A partir dessa discussão verificou-se que os argumentos de Marcuse são peça central para entender o contexto da sociedade sem oposições e pensar os espaços contemporâneos de atuação política.