A razão do sábio não temer a morte na filosofia de Arthur Schopenhauer
Vontade; Sabedoria de vida; Caracteriologia; Morte.
O presente trabalho pretende investigar uma possível relação entre os temas sabedoria de vida e temor a morte na filosofia de Arthur Schopenhauer. As obras básicas analisadas serão O mundo como vontade e representação (1819-1844), tomos I e II, e os Aforismos para a sabedoria de vida (1851). No 1° capítulo, iremos fazer um resgate histórico de alguns antecedentes filosóficos do problema da sabedoria contra o temor a morte e, no último subitem, explicitaremos algumas influências de Immanuel Kant (1724-1804) na filosofia de Schopenhauer, no que concerne à distinção entre Vontade e fenômeno. No 2º capítulo, pretendemos dialogar os Aforismos para a sabedoria de vida (1851) com a caracteriologia do Mundo. Primeiramente, almejamos efetuar a distinção entre razão prática e sabedoria de vida para, em segundo lugar, deixar claro que as características do sábio em Schopenhauer se encontram no Mundo, mas só são desenvolvidas nos Aforismos. No que se refere a caracteriologia, ou os três modos de consideração sobre o mesmo caráter (inteligível, empírico e adquirido), serão investigadas as bases ontológicas que permitem a existência de um tipo de vida sábio e no que ele se diferencia do homem comum. No 3° capítulo, será dada ênfase às considerações que Schopenhauer realizou sobre a relação entre o homem e a morte buscando entender a origem do temor à morte e se há ou não um conhecimento que consiga aplacar esse temor. No final será feito um mapeamento dos tipos de morte presente na filosofia schopenhaueriana.