A razão do sábio não temer à morte na filosofia de Arthur Schopenhauer
Schopenhauer, Vontade, sabedoria e morte.
O presente trabalho pretende investigar uma possível relação entre os temas sabedoria de vida e temor à morte na filosofia de Arthur Schopenhauer. As obras básicas analisadas serão o Mundo como vontade e representação (1819-1844) tomo I e II e os Aforismos para a sabedoria de vida (1851). O 1° capítulo pretende explicar a origem irracional do temor à morte. O 2° capítulo almeja esclarecer o papel fundamental da teoria dos caráteres para entendermos a determinação da Vontade nos modos de ser e agir dos homens. Iremos distinguir a humanidade em duas classes, a primeira é maioria e caracteriza o modo de ser do homem comum extremamente apegado à vida e por consequência temente à morte. A segunda classe é minoria e compõe os sábios, um modo de ser raro que carrega no seu íntimo o sentimento sobre o modesto valor da existência e por consequência é indiferente à morte, mantendo-se a rigor sereno diante tudo aquilo que foge ao seu controle. Por fim, o 3° capitulo mostrará as contribuições do Budismo indiano antigo e da filosofia helênica para formação do sábio schopenhauriano consciente de suas limitações e possibilidades em um mundo que impera a dor e o sofrimento.