Banca de DEFESA: AVELINO ALDO DE LIMA NETO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AVELINO ALDO DE LIMA NETO
DATA: 30/10/2015
HORA: 08:30
LOCAL: AUDITÓRIO - CE
TÍTULO:

O CINEMA COMO EDUCAÇÃO DO OLHAR


PALAVRAS-CHAVES:

Cinema. Olhar. Visibilidade. Imagem. Educação.


PÁGINAS: 289
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

 

O conhecimento só é possível por existirmos corporalmente. Todavia, na experiência
educativa, a potência epistêmica do corpo é negligenciada, empobrecendo os
registros do inteligível. A presente tese enreda-se nesse problema obliquamente: a
partir de uma filosofia do corpo e da imagem que, na modernidade – compreendida
não como periodização, mas como qualificação das nossas negociações entre o real
e o inteligível – desvelou outros modos de efetuar esses registros. Tais modos são
explorados através da abertura concretizada pelas obras de Merleau-Ponty e Michel
Foucault, ilustrativas desse novo comércio do real. Para abordar o problema tomamse
como objeto de análise a visibilidade e a motricidade do corpo no cinema. Este
objeto é analisado por meio de um corpus de filmes cujos enredos centram-se na
educação formal e, mais ou menos intensamente, solicitam o engajamento tanto dos
personagens quanto do espectador numa performance visual. Para aproximar-se do
objeto, pergunta-se como o fenômeno da Educação é mostrado pelo cinema; como o
corpo aí se mostra e como os espectadores podem vê-lo. A partir da apreciação do
corpus e da articulação teórica entre as filosofias de Merleau-Ponty e de Michel
Foucault, tornou-se possível afirmar a tese do cinema como educação do olhar.
Assume-se como objetivo geral desvelar a potencialidade educativa da experiência
fílmica, que proporciona um outro regime de inteligibilidade para a Educação. Nele, o
corpo enquanto operador visual dilata a capacidade de compreensão do real. O
trabalho divide-se em três capítulos. No primeiro, elucida-se a abordagem
metodológica: delimita-se a pertinência da articulação teórica; explica-se o método do
uso das imagens como linguagem indireta que participa da descrição da realidade;
apresenta-se o corpus fílmico, bem como descrevem-se os critérios para a sua
escolha e para a construção do instrumento adotado para a análise do objeto. No
segundo capítulo, problematiza-se a incapacidade da sociedade ocidental em formular
discursivamente o real e recorre-se, ao mesmo tempo em que se assiste às cenas
dos filmes, ao aporte de Merleau-Ponty e de Foucault sobre a performance visual
desencadeada pelas imagens. No terceiro, desenvolvem-se as implicações da
educação do olhar proporcionada pelo cinema, mormente no que concerne ao novo
lugar dado à visibilidade na formulação do real. Por fim, são desenvolvidas as pistas
daí oriundas para a construção de um outro roteiro para a visibilidade da Educação.
Neste, ao assumir o olhar como experiência de conhecimento, pretende-se mostrar
outros modos de ser, de ver, de pensar e de sentir o mundo, reconfigurando, assim,
protocolos epistêmicos e de subjetivação presentes no contexto educativo.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - IRAQUITAN DE OLIVEIRA CAMINHA - UFPB
Interno - 1038320 - KARENINE DE OLIVEIRA PORPINO
Externo ao Programa - 1672476 - ROSIE MARIE NASCIMENTO DE MEDEIROS
Presidente - 1049922 - TEREZINHA PETRUCIA DA NOBREGA
Notícia cadastrada em: 19/10/2015 10:05
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