Banca de DEFESA: ALCIONE SANTOS DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALCIONE SANTOS DE SOUZA
DATA : 15/04/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet - Link: https://meet.google.com/vmk-ogev-ggb
TÍTULO:

CONFLITOS PELO USO DO TERRITÓRIO: Camponeses e Mineração no Estado do Pará


PALAVRAS-CHAVES:

Totalidade; Espaço; Formação Socioespacial; Território usado; Lugar; Camponeses; Pará. 


PÁGINAS: 187
RESUMO:

Ao longo das primeiras décadas do século XXI, o avanço da mineração e do agronegócio tem gerado muitas transformações no espaço da Amazônia, a partir dos usos pelos diferentes sujeitos do território, de acordo com os seus interesses, reestabelecendo normas e regulação nesses espaços. Sendo assim, esse processo é responsável por desdobramentos na formação socioespacial, no modo de produção e nos lugares.  A estrutura da tese contempla seis capítulos, sendo que o primeiro, é composto pela introdução; o segundo, pela discussão teórica e metodológica; o terceiro aborda os conflitos pelo uso do território; o quarto, o território usado pelas empresas de mineração e o território como recurso; o quinto, o território usado pelos camponeses e o território como recurso e abrigo e, no sexto, o papel do Estado brasileiro na normatização do território. Nesta tese o conceito de totalidade, segundo Santos (1997), é central para a compreensão da realidade posta. A partir de três definições propostas por Santos (1997), espaço geográfico, território usado e lugar, temos uma tríade indissociável, inseparável para a análise empírica da teoria social crítica.  Nesse sentido, a definição de espaço geográfico, conforme Santos (2014, 2021, 2023), constituído por formas (espaços de produção, de distribuição, de troca, de consumo, de circulação) e por conteúdos (estruturas, processos e funções), tona-se essencial para o entendimento e análise do território usado (2008, 2001), especialmente enquanto instância social formada por fixos e fluxos, configurações espaciais e dinâmicas sociais; sistemas de objetos e sistemas de ações. A tese consiste no fato de que, mesmo com a ideia de modernidade e desenvolvimento e progresso, refletidos no avanço do modelo mineral brasileiro e nas investidas do capital, a resistência dos camponeses possibilita a reprodução social, viabiliza suas organizações e suas estratégias de permanência e condições de sobrevivência, confirmando que o campesinato na Amazônia se reedita, apesar de todas as dificuldades, e continua vivo nessa região, o que foi comprovado nessa tese. Assim, buscamos esclarecer como os camponeses concretizam sua reprodução social, centrando-se na terra como elemento fundamental para a sua existência, através da agricultura familiar e das diversas formas de resistência e sobrevivência no território. Isso nos leva a refletir sobre quantas questões cruciais para compreender a Amazônia são indispensáveis, muitas delas ainda em aberto.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1486670 - CELSO DONIZETE LOCATEL
Interno - 3060741 - HUGO ARRUDA DE MORAIS
Externo ao Programa - 349714 - ADEMIR ARAÚJO DA COSTA - UFRNExterna à Instituição - LEA MARIA GOMES DA COSTA - UEPA
Externa à Instituição - NÚBIA DIAS DOS SANTOS - UFS
Notícia cadastrada em: 02/04/2024 13:01
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