Banca de QUALIFICAÇÃO: ALDIJANE JALES CARNEIRO E SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALDIJANE JALES CARNEIRO E SILVA
DATA : 18/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/gdu-ddbf-ebg
TÍTULO:

METODOLOGIA ATIVA NA ESCOLARIZAÇÃO DE SURDOS: UMA ATIVIDADE GAMIFICADA COMO FOMENTO A INTERAÇÃO DE SURDOS E OUVINTES EM UMA ESCOLA INCLUSIVA POR MEIO DO USO DO PORTUGUÊS E DA LIBRAS


PALAVRAS-CHAVES:

Escolarização de surdos. Gamificação. Escola inclusiva. Língua Portuguesa como segunda língua. Libras.


PÁGINAS: 72
RESUMO:

O aluno surdo está inserido na escola inclusiva, a presença do professor tradutor intérprete de Libras tem sido cada vez mais respeitada pelas vigências legais que dá direito ao surdo de ter este profissional em sala de aula. Entretanto, os problemas da escolarização deses sujeitos ainda não foram sanados, haja vista a estrutura educacional estar direcionada a comunidade que ouve, começando pelo currículo. Dessa forma é importante que os professores atentem para a diferença linguística dos alunos surdos e que criem estratégias para que este aluno seja inserido no processo educacional, principalmente a partir da sua língua, a Libras, pois é por meio dela que o surdo é capaz de se expressar e de se desenvolver no processo de ensino, sendo de suma importância a viabilização da interação e trocas de conhecimento a partir da Língua de Sinais dentro do ambiente escolar. Desse modo, pretendeu-se com a pesquisa viabilizar uma ação metodológica, a partir de uma atividade gamificada, com o objetivo de promover o ensino de português como segunda língua ao educando surdo, bem como viabilizar a socialização da Libras entre surdos e ouvintes a partir da tecnologia assistiva. Com isso, nossos objetivos foram: Analisar como se processa o ensino de Português como segunda língua para surdos em uma escola inclusiva; apresentar uma atividade gamificada que contemple práticas para o aprendizado de Português como segunda língua para surdos, articulado ao Gênero Textual Mangá e seus respectivos sinais; e estimular o uso da Libras, por meio da tecnologia assistiva, promovendo a aquisição e o uso social desta entre surdos e ouvintes. Trazendo elementos metodológicos de uma pesquisa ação, que envolveu o professor de Língua Portuguesa e a Professora Tradutora Intérprete de Libras de uma escola de ensino médio do Estado do Rio Grande do Norte, no município de Parnamirim. A coleta de dados foi realizada de forma presencial. Os dados iniciais foram levantados por meio de observação participante e entrevistas semiestruturadas, com o Professor Regente de Língua Portuguesa (PRLP), a Professora Tradutora/Intérprete de Libras (PTIL) e a aluna surda, esta por meio da Libras, com o instrumental acessível a sua particularidade linguística. Para uma última etapa de coleta de dados tivemos os resultados da atividade realizada, observados e anotados em diário de campo. A pesquisa ação foi eleita por esta contribuir para uma maior aproximação entre a pesquisadora e os participantes, em que o pesquisador se envolve diretamente com o objeto de estudo, a fim de que ocorra uma mudança no meio (Braun, 2014). Os resultados apontam: o direcionamento das aulas exclusivamente para os alunos ouvintes; ser copista é condição atual da aluna surda; a PTIL não tem conhecimento antecipado do conteúdo do professor; inexistência do planejamento entre PRLP e PTIL; necessidade do Ensino de português, específico, para a aluna surda; necessidade de formação continuada para PRLP e PTIL, necessidades de metodologias que inclua a Libras para viabilizar a participação do surdo no processo de ensino e aprendizagem. Diante das análises dos dados obtidos nas categorias de análise, foi identificado que o ensino do surdo fica sob responsabilidade do PTIL, que é preciso haver uma colaboração entre o PRLP e a PTIL, para que de fato haja inclusão no processo de ensino aprendizagem do educando surdo. O estudo apontou que a metodologia ativa, gamificação, viabilizou o interesse dos alunos ouvintes e surdo na aprendizagem do conteúdo, bem como na interação com a Libras, fazendo com que os alunos ouvintes se engajassem em socializar com a colega surda de sala, bem como a Libras fizesse parte do processo de ensino. Porém aponta a necessidade de uma acessibilidade curricular em que a disciplina de Libras possa fazer parte do currículo, pois o surdo precisa se expressar e conviver em ambiente que haja trocas sociais por meio de sua língua, entendendo, a luz da teoria histórico-cultural (Vigotski,2021) que o desenvolvimento do indivíduo se dá do social para o individual e não o contrário. É nesse sentido que se sugere que novas pesquisas surjam com o objetivo de contribuir para a educação de surdos, como também esclarecer e se aprofundar pontos importantes em relação à escolarização desses sujeitos. O feito neste trabalho ficará como sugestão em uma cartilha, material sugerido como produto desta pesquisa.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1888150 - PEDRO LUIZ DOS SANTOS FILHO
Interna - 3144003 - GESSICA FABIELY FONSECA
Externa à Instituição - CLAUDIA PIMENTEL - INES
Notícia cadastrada em: 27/02/2024 18:55
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa04-producao.info.ufrn.br.sigaa04-producao