Banca de DEFESA: NILMARA DE OLIVEIRA ALVES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NILMARA DE OLIVEIRA ALVES
DATA: 28/08/2014
HORA: 09:00
LOCAL: Sala Carl Peter von Dietrich
TÍTULO:

OS EFEITOS DAS QUEIMADAS NA AMAZÔNIA A NIVEL CELULAR E MOLECULAR



PALAVRAS-CHAVES:

Amazônia, genotoxicidade, apoptose, necrose, células do pulmão humano.


PÁGINAS: 133
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Bioquímica
RESUMO:

A Amazônia representa mais da metade das florestas tropicais remanescentes no planeta e compreende a maior biodiversidade do mundo, correspondendo aproximadamente a 60% do território brasileiro. Entretanto, o desmatamento e as queimadas que ocorrem na região têm causado sérios prejuízos para a população que está sendo exposta. Diante desta situação, o objetivo do presente estudo foi avaliar os compostos químicos assim como os efeitos celulares e moleculares após a exposição ao material orgânico extraído do material particulado menor que 10 µm (MP10) na região Amazônica. Com relação à composição química, a análise dos n-alcanos mostrou um predomínio da influência antrópica no período de queimadas na região. Além disso, observou-se um predomínio dos monossacarídeos marcadores da queima de biomassa. Também foram identificados os Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA) e os seus derivados nas amostras coletadas na Amazônia. Os dados das concentrações dos HPA permitiram calcular o BaP-equivalente e observou-se que o dibenzo(a)antraceno contribui com 83% para o potencial risco carcinogênico. Já para o potencial risco mutagênico, o benzo(a)pireno é o HPA que apresenta uma maior contribuição nesta análise. Pode-se destacar que o reteno foi o HPA mais abundante. Este composto foi considerado genotóxico, além de causar morte por necrose nas células estudadas.  Nas análises biológicas, os dados mostraram que o MP10 orgânico é capaz de causar alterações genéticas tanto em células vegetais como em células do pulmão humano. Estes danos levaram a uma parada na fase G1 no ciclo das células expostas, aumentando a expressão das proteínas p53 e p21. Além disso, o MP causou morte celular por apoptose, aumentando a  marcação da histona -H2AX. Com resultados bem evidentes, o MP inalável também causou morte por necrose nas células do pulmão humano. Diante destes resultados, é importante enfatizar a importância da redução e um melhor controle da queima de biomassa na região Amazônica. Afinal, como descrito recentemente pela Organização Mundial de Saúde, pode-se afirmar que a redução da poluição do ar poderá salvar milhões de vidas.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1149356 - ELIZEU ANTUNES DOS SANTOS
Externo à Instituição - GISELA DE ARAGAO UMBUZEIRO - UNICAMP
Externo ao Programa - 1879213 - JUDITH JOHANNA HOELZEMANN
Externo à Instituição - SANDRA DE SOUZA HACON - Fiocruz - RJ
Presidente - 1199127 - SILVIA REGINA BATISTUZZO DE MEDEIROS
Notícia cadastrada em: 08/08/2014 11:39
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