Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA LUIZA BEZERRA DA COSTA SARAIVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA LUIZA BEZERRA DA COSTA SARAIVA
DATA : 23/05/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Link - https://meet.google.com/ixs-rwsu-hdj
TÍTULO:

Fluxo de carbono e o potencial mitigador do serviço ecossistêmico de regulação em áreas preservadas de caatinga


PALAVRAS-CHAVES:

Ciclo do carbono; caatinga; semiárido; serviço de regulação na caatinga; mitigação.


PÁGINAS: 89
RESUMO:

Este estudo examina o fluxo de carbono em áreas de caatinga preservada na Estação Ecológica do Seridó, em Serra Negra do Norte/RN, durante os anos de 2014 e 2015. Compreender o ciclo biogeoquímico do carbono é fundamental diante das mudanças climáticas globais, pois facilita o desenvolvimento de ações mitigadoras eficazes. Identificar o potencial dos serviços ecossistêmicos de regulação exige uma visão integrada da paisagem, considerando a complexa interação entre atmosfera, água, solo, biodiversidade e sociedade nas áreas de Caatinga. Este trabalho utilizou uma torre micrometeorológica para medir a produção primária bruta, a respiração e a produção primária líquida, além de dados climáticos fornecidos pelo Observatório Nacional da Dinâmica da Água e do Carbono no Bioma Caatinga. Os dados de precipitação foram coletados pela Agência Nacional das Águas e pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN. Com base no total anual de precipitação, os anos de 2014 e 2015 foram classificados como chuvoso e normal, respectivamente. Janeiro de 2014 registrou 3 mm de chuva distribuídos em dois dias, com uma média diária da produção primária líquida de -2,1 gCm-2, atuando como um significativo sumidouro de carbono. Em 2013, foram registrados 59 mm em novembro e 74,2 mm em dezembro, totalizando 133,2 mm distribuídos em 6 dias ao longo de 3 semanas, o que impulsionou a produção foliar e o aumento gradual da fotossíntese nos meses iniciais de 2024. Já em janeiro de 2015, apesar dos 65,2 mm de chuva recebidos, a ausência de chuva em dezembro de 2014 impactou negativamente o processo de fotossíntese. Torna-se evidente que o ciclo anual de fluxo de carbono no semiárido potiguar inicia em dezembro e prossegue em janeiro, sendo este um período quente com chuvas esporádicas, pouco explorado na literatura sobre o balanço de carbono no Rio Grande do Norte. Durante o período chuvoso, de fevereiro a maio, com a cobertura foliar já parcialmente reestabelecida, o volume de água no sistema, que influencia o fluxo de carbono, é determinado pelas chuvas do próprio mês. Apesar das variações nos totais de dias, semanas e precipitação acumulada nos meses, com uma intensa atividade biológica resultando no aumento da respiração, o período chuvoso dos dois anos de estudo se mostrou como um robusto sumidouro de carbono. Conclui-se que o fragmento de caatinga no semiárido potiguar estudado é um sumidouro de CO2 anual, com os maiores valores de estoque ocorrendo nos meses com melhor relação entre volume total e distribuição diária e semanal, destacando a importância do período quente com chuvas esporádicas para o ciclo anual do carbono. Portanto, os estudos de fluxo de carbono anual para áreas no semiárido potiguar devem considerar o ciclo climático anual que começa em dezembro e influencia a produção de fotossíntese em janeiro do ano seguinte. A sazonalidade anual está diretamente ligada ao balanço anual de carbono e à dinâmica fenológica da caatinga. Como um sumidouro de CO2, mesmo em diferentes condições climáticas anuais, a caatinga oferece um serviço ecossistêmico crucial de regulação atmosférica que pode contribuir para estratégias de mitigação das mudanças climáticas e para a conservação desse ecossistema único, que deve ser preservado e ter áreas degradadas restauradas e protegidas. Este importante serviço ecossistêmico pode impulsionar o desenvolvimento local através de projetos e programas de pagamento por serviços ambientais, possibilitando que as áreas preservadas de caatinga ajudem o Brasil a alcançar suas metas nacionais e internacionais de estoque de carbono, bem como a participação no mercado internacional de carbono. Para isso, o Brasil precisa


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2966354 - DIOGENES FELIX DA SILVA COSTA
Interno - 1503011 - LUTIANE QUEIROZ DE ALMEIDA
Externo ao Programa - 2086472 - BERGSON GUEDES BEZERRA - UFRNExterno ao Programa - 1752417 - CLAUDIO MOISES SANTOS E SILVA - UFRNExterno ao Programa - 3357734 - MAX WENDELL BATISTA DOS ANJOS - UFRN
Notícia cadastrada em: 13/05/2024 11:12
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