Banca de DEFESA: SARA MARIA PINHEIRO PEIXOTO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SARA MARIA PINHEIRO PEIXOTO
DATA : 24/08/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório 1 do NEPSA II
TÍTULO:

O AEE E O TRABALHO ARTICULADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: POR UMA ESCUTA AO CORPO E UM OLHAR SENSÍVEL ÀS DIFERENÇAS


PALAVRAS-CHAVES:

corpo; criança; infância; trabalho colaborativo; formação docente; AEE.


PÁGINAS: 246
RESUMO:

Partindo da assertiva de que o corpo é o eixo de relação com o outro e com o meio, considerando-se o tempo, espaço, cultura e as experiências dos sujeitos, defendemos o entendimento de que é pelo corpo que se conhece o mundo e o mundo é incorporado ao corpo através de suas experiências e relações subjetivas estabelecidas por ele. Sob essa perspectiva, despontou essa pesquisa de doutorado que teve como objetivo analisar as dimensões de uma proposta de formação colaborativa, considerando o corpo nos processos de aprendizagem das crianças com/sem deficiência e suas implicações para as práticas de professores do AEE e da sala regular da Educação Infantil. Metodologicamente, ancoramo-nos nas dimensões alteritárias e dialógicas de uma pesquisa qualitativa, pelo viés da pesquisa colaborativa, defendendo a tese de que, quando consideramos o corpo como protagonista do ato educativo, estamos contribuindo nos processos de aprendizagens da criança com/sem deficiência (BOGDAN; BIKLEN, 1994; IBIAPINA, 2008; GASPAROTTO; MENEGASSI, 2016). Pensando nisso, buscamos a realização de um trabalho formativo na/para a perspectiva inclusiva, articulando as práticas do professor do AEE e junto à sala regular de um Centro Municipal de Educação Infantil da cidade do Natal. A formação docente esteve alicerçada na epistemologia teórica do filósofo Merleau-Ponty (1999), considerando que o professor precisa sensibilizar sua prática pedagógica por caminhos que considere o corpo em movimento à luz da fenomenologia da percepção, considerando a experiência do sentir e do perceber para além de um corpo físico e biológico, mas um corpo que se constitui nas histórias, afetos e memórias construídas a partir das suas aprendizagens, imbricadas em uma relação de sentidos e significados (NÓBREGA. 2015). Quanto à natureza colaborativa, desenvolvemos momentos formativos por meio de um curso de extensão, considerando as dez oficinas, os estudos teóricos, os momentos de planejamentos e a elaboração de um Plano de trabalho que pudesse ser desenvolvido no AEE junto à sala regular, constituindo, assim, um corpus de dezessete partícipes. Para fins de construção dos dados, fizemos uso da análise documental, das entrevistas e observações, assim como dos registros nos Portfólios reflexivos, que constituíram os Diários de Campo 1 e 2 (GIL, 2008; TRIVIÑOS, 2007; ARAÙJO, 2013). Os dados foram triangulados e categorizados à luz de Bardin (2016) e Franco (2018), fomentando as discussões teóricas que alicerçam a tese. Como resultados, evidenciamos que o processo formativo provocou mudanças de concepções e rompimento de estigmas a respeito das corporeidades das crianças com/sem deficiência, destacando-se atitudes reflexivas e críticas das práticas, permeando o diálogo e a troca de experiências, pautando-se na ação-reflexão do próprio fazer, reverberando no planejamento e na execução do Plano de trabalho elaborado que veio ratificar a tese defendida neste trabalho. Trazer esse conhecimento sobre corpo como sentido e significado foi apostar nas experiências da sensibilidade (MERLEAU-PONTY, 1999). As experiências oportunizaram trazer um olhar e uma escuta sensível para este corpo, a começar da primeira infância, como ato fundamental para a criança estabelecer esse encontro consigo, com o outro, acolhendo a diversidade de corpos, ampliando seu conhecimento e se constituindo nas relações de ser e estar no mundo, como um sujeito pensante e aprendente que, apesar de ter limitações, tem potencialidades. Depreendemos que a pesquisa não visou apenas levar a discussão e a importância de se trabalhar sobre este objeto de estudo, mas articular a dimensão deste corpo nas práticas pedagógicas em diferentes espaços na escola, ancorados em um trabalho colaborativo e articulado para e com todas as crianças, dando visibilidades e voz a estes corpos, contribuindo em seus processos de aprendizagens, na busca de construir a escola inclusiva que tanto almejamos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - AGUINALDO CESAR SURDI - UFRN
Interna - 3144003 - GESSICA FABIELY FONSECA
Presidente - 1714249 - MARIA APARECIDA DIAS
Externa à Instituição - MARIA DAS GRAÇAS CARVALHO SILVA DE SÁ - UFES
Externa à Instituição - MICHELE PEREIRA DE SOUZA DA FONSECA - UFRJ
Interna - 1756133 - RITA DE CASSIA BARBOSA PAIVA MAGALHAES
Externo à Instituição - Roseli Belmonte Machado - UFRGS
Notícia cadastrada em: 08/08/2023 11:15
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