Banca de DEFESA: THIAGO ALVES MOREIRA NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : THIAGO ALVES MOREIRA NASCIMENTO
DATA : 18/08/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Universidade Regional do Cariri
TÍTULO:

É PARA RIR OU PARA CHORAR? AS TIRINHAS E CHARGES SOBRE A COVID-19 COMO PRODUÇÃO DE RESISTÊNCIA AO GOVERNO DE JAIR BOLSONARO E O ENFRENTAMENTO À PANDEMIA


PALAVRAS-CHAVES:

Imagem. Pandemia. Covid-19. Biopolítica. Necropolítica.


PÁGINAS: 225
RESUMO:

O ano de 2020 ficou marcado pela declaração de emergência sanitária causada por um novo tipo de coronavírus, o Sars-CoV-2. No Brasil, com uma gestão federal que já dava sinais de compromisso com a economia muito maior do que com a preservação da vida, a doença covid-19 acabou alcançando um índice de mortalidade muito maior do que era esperado, caso as políticas de prevenção tivessem sido adotadas. Ao contrário, a gestão de Jair Bolsonaro se comportou exatamente nos marcos do que Achille Mbembe (2018) denominou de Necropolítica. Como forma de resistir, a população começou a organizar a resistência ao (necro)poder, e em defesa da vida. Um dos vieses dessa resistência pode ser encontrado nos discursos contidos nas charges e tirinhas políticas produzidas durante o período, e que manifestavam posições contrárias ao discurso oficial. Assim, esta tese tem por objetivo analisar os discursos imagéticos contidos em charges publicadas nos anos de 2020 e 2021 sobre a pandemia da covid-19 como manifestação de resistência ante as posições políticas do governo Jair Bolsonaro. A pandemia de covid-19 se estabeleceu a partir do ano de 2020, e desencadeou, por parte de vários governos, esforços para seu entendimento e para as melhores formas de tratamento ou prevenção. Por outro lado, alguns governos como o brasileiro, assumiram uma postura negacionista durante a referida pandemia. Ao passo em que Jair Bolsonaro, enquanto presidente da República durante os primeiros anos da pandemia, produzia discursos contrários ao da comunidade científica, vários focos de resistência insurgiram contra o governante e sua gerência. Vários chargistas, assim, passaram a imprimir, a partir de suas concepções e escolhas, críticas ao presidente, e em especial à sua ação durante a crise sanitária. Metodologicamente, utilizo como a análise do discurso de linha francesa, inspirada em Michel Foucault (1996), e tem como corpus documental as charges produzidas nos dois primeiros anos de pandemia de covid-19 no Brasil. As fontes históricas problematizadas são as charges publicadas na rede social Instagram por desenhistas críticos ao governo de Jair Bolsonaro e à sua atuação durante a pandemia, a saber: Daniel Lafayette, Helô D’Angelo, Laerte Coutinho e Gilmar Machado. Para desenvolver a construção analítica, dialogo com os conceitos de biopolítica e resistência em Michel Foucault (1998; 2008; 2019), necropolítica em Achille Mbembe (2018), a análise de imagens como arquivos historiográficos em Peter Burke (2017). Conclui-se que as charges políticas, enquanto discurso-imagem, contribuíram com a luta a favor da vida ao escancarar por meio do humor, do sarcasmo e da ironia, a vontade de verdade do poder, constituindo assim papel importante como tecnologia de um biopoder de resistência, atuando como ferramenta formadora em um âmbito de educação não-formal por meio dos enunciados publicados nas contas dos chargistas no Instagram.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - ***.871.164-** - AVELINO ALDO DE LIMA NETO - IFRN
Presidente - 2310142 - AZEMAR DOS SANTOS SOARES JUNIOR
Interna - 1543391 - CLAUDIANNY AMORIM NORONHA
Externo à Instituição - IRANILSON BURITI DE OLIVEIRA - UFCG
Externa à Instituição - JOEDNA REIS DE MENEZES - UEPB
Interno - 3280986 - WALTER PINHEIRO BARBOSA JUNIOR
Externa à Instituição - ZULEIDE FERNANDES DE QUEIROZ - FMJ
Notícia cadastrada em: 04/08/2023 10:15
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