Banca de DEFESA: CLARISSA FREITAS DE ANDRADE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CLARISSA FREITAS DE ANDRADE
DATA : 22/11/2023
HORA: 13:30
LOCAL: Sala virtual - https://meet.google.com/qce-cbxr-isw
TÍTULO:

Crianças e espaços públicos: a percepção da infância como subsídio para transformar áreas com vulnerabilidade socioambiental


PALAVRAS-CHAVES:

Crianças; Cidades; Vulnerabilidade sócio-ambiental; Apropriação do espaço; Percepção ambiental.


PÁGINAS: 300
RESUMO:

As configurações dos espaços frequentados pelas crianças, as oportunidades que oferecem e as interações sociais que ali acontecem influenciam o desenvolvimento infantil, e permanecem na memória dos adultos. Por outro lado, a desigualdade social gera lacunas na garantia dos direitos básicos das pessoas não-favorecidas socioeconomicamente, dificultando seu acesso a muitos espaços e serviços. Assim, pressupondo-se que entender a percepção infantil pode promover oportunidades para a incorporação de novos conhecimentos ao planejamento das cidades, questiona-se: Que espaços públicos são frequentados/utilizados por crianças moradoras de áreas em situações de vulnerabilidade socioeconômica? Quais destes lugares permanecem presentes em suas memórias (e como)? Que características devem ter os espaços públicos localizados em áreas vulneráveis para que as crianças se apropriem deles e os convertam em lugares de bem-estar, capazes de eliciar boas memórias da cidade? A pesquisa será alicerçada na Psicologia Ambiental, e em conceitos como percepção ambiental, apropriação do espaço, identidade de lugar, vinculação ao lugar e ambientes restauradores. Pressupondo-se que, em geral, nossas cidades não dispõem de muitos locais que sejam adequados ao uso, reforcem sensações de segurança e restauração (física e psicológica), e promovam memórias positivas da cidade, notadamente em áreas socioeconomicamente vulneráveis, a hipótese de pesquisa indica que, como as crianças em situação de pobreza se apropriam de lugares pouco propícios ao seu desenvolvimento saudável, conhecer suas percepções e memórias pode subsidiar propostas de equipamentos voltados para o atendimento das necessidades desta população, repercutindo em sua qualidade de vida e em suas memórias da cidade. A tese se aproximou desta realidade por meio de um estudo na cidade de Fortaleza, Ceará, tendo como recorte espacial a Comunidade Dom Hélder Câmara, localizada na Praia do Futuro. O objetivo geral da pesquisa foi compreender a apropriação desta área vulnerável com base nas percepções de crianças que ali vivem atualmente e nas memorias de pessoas que moraram no local na infância, a fim de elaborar indicativos para melhorar a qualidade de vida desta população. A investigação empírica teve abordagem qualitativa, e recorreu a multimétodos, por meio de questionários, mapas de emoções, poema dos desejos, entrevistas estruturadas e semiestruturadas. Participaram da investigação: (i) crianças atualmente moradoras da comunidade; (ii) adultos responsáveis pelas crianças participantes e que viveram no local durante a infância; (iii) técnicos/especialistas que estudam ou trabalham a realidade de crianças em situação de pobreza na cidade. A sistematização das questões emergentes, evidenciou a relação entre problemas socioambientais, econômicos e políticos inerentes àquele contexto, e possibilitou a indicação de caminhos a considerar em seu enfrentamento, com potencial para contribuir com políticas públicas no setor. Ressalta-se a importância de, não apenas contar com resiliência da população, mas, sobretudo, facilitar o acesso da infância ao usufruto de direitos essenciais, incluindo um ambiente capaz de proporcionar dignidade e qualidade de vida para todos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1149643 - GLEICE VIRGINIA MEDEIROS DE AZAMBUJA ELALI
Interno - 2508732 - HEITOR DE ANDRADE SILVA
Externa ao Programa - 2140673 - GLAUCE LILIAN ALVES DE ALBUQUERQUE - UFRNExterna ao Programa - 2306271 - VERONICA MARIA FERNANDES DE LIMA - UFRNExterna à Instituição - SYLVIA CAVALCANTE - UNIFOR
Externa à Instituição - TEREZA GLAUCIA ROCHA MATOS - UNIFOR
Notícia cadastrada em: 16/10/2023 08:36
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