COMPETIÇÕES EM ARQUITETURA
Prática Estratégica para a Experimentação Criativa
criatividade; competições de arquitetura; experimentação
A literatura sobre a criatividade arquitetônica, contemplada majoritariamente em associação às abordagens sobre o processo projetual em arquitetura, demonstra a dificuldade de se precisar como ela se manifesta. Sabe-se que não há procedimentos rígidos que favoreçam a sua ocorrência, e que ela incorpora fatores subjetivos derivados do acúmulo de conhecimento com base nas vivências e aptidões particulares dos indivíduos. Pesquisas abordam a dificuldade de se ensinar a criatividade arquitetônica, e apontam que seu desenvolvimento requer prática. Contudo, tanto o contexto acadêmico quanto o mercado de trabalho mostram-se sensíveis à liberdade de experimentação, importando em riscos aos quais o projetista nem sempre pode ou deseja se submeter. Refletindo acerca de práticas estratégicas para o exercício criativo, esse projeto de pesquisa vislumbra nas competições de arquitetura e urbanismo uma alternativa viável. Questionando-se de que maneiras as competições de arquitetura, constituindo-se como práticas projetuais experimentais, fomentam o exercício da criatividade arquitetônica, visa evidenciar o papel destes eventos como potencial exercício criativo para o público atuante na área. Para tanto, propõe-se a (i) destacar as especificidades da criatividade arquitetônica dentro do campo abrangente da criatividade, enfatizando o papel da experimentação nesse contexto; (ii) relacionar a criatividade arquitetônica com a prática das competições; e (iii) verificar a ocorrência de desdobramentos das competições, nos âmbitos profissional e disciplinar, à luz do discurso de participantes assíduos. Assim, espera-se que as investigações forneçam dados e argumentos que permitam justificar a adequação do espaço das competições para o desenvolvimento da criatividade.