Banca de DEFESA: ÍTALO DANTAS DE ARAÚJO MAIA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ÍTALO DANTAS DE ARAÚJO MAIA
DATA : 19/07/2023
HORA: 10:00
LOCAL: remota
TÍTULO:

Da cidade ao shopping e vice-versa? Movimento e usos do espaço em shopping centers e seus entornos


PALAVRAS-CHAVES:

Shopping center; Malha urbana; Configuração espacial; Acessibilidade; Movimento; Usos do espaço; Natal.


PÁGINAS: 494
RESUMO:

Nesta dissertação são investigadas relações entre forma arquitetônica e usos do espaço, com foco na interação de estabelecimentos comerciais do gênero shopping center (doravante SC) e a cidade que os contém. Três shopping centers e seus respectivos entornos foram investigados mediante uma leitura morfológica embasada na Teoria da Lógica Social do Espaço (HILLIER; HANSON, 1984 e HILLIER, 2007 [1996]). Os SCs estudados distribuem-se nas Regiões Administrativas Norte, Leste e Sul de Natal em áreas de alta acessibilidade, considerando percursos de origem-destino e de atravessamento; têm públicos-alvo e reputações distintas, um mais voltado para um público de menor renda (SC01), um de maiores misturas entre classes sociais (SC02) e outro mais elitizado (SC03). Partindo da suposição de um entrelaçamento entre exterior (cidade) e interior (edificação), a hipótese adotada foi que padrões de movimento de pedestres e de uso do espaço no interior dos SCs (espaço privado de uso coletivo) podem ser vinculados a aspectos da malha urbana (espaço público), e que essa continuidade exterior-interior é modelada a partir das propriedades configuracionais da malha urbana, pelas interfaces entre edificações e espaço público e pelo modo como os espaços internos a estas edificações se organizam/configuram. O objetivo geral foi verificar se e de que modos se relacionam cidade e shopping center, considerando aspectos da forma e dos usos do espaço. Para tanto, o estudo abordou os SCs: a) como artefato no espaço urbano, focando na acessibilidade espacial e nos padrões de movimento de pedestre nos entornos desses SCs e  na forma do conjunto edificado ao redor deles;  b) como um artefato em si, isolado da cidade, de lógicas socioespaciais próprias, focando nos aspectos semânticos atribuídos a esses SCs, no modo como as lojas neles se distribuem, na configuração espacial e nos padrões de movimento de pedestres dentro da edificação; e c) pelas possibilidades de entrelaçamento da malha espacial dos SCs com a malha urbana, a partir da configuração espacial e do movimento de pedestres dentro dessas edificações. Os resultados evidenciaram: a) existência de modos de uso do espaço público distintos em cada entorno de SC, intermediados pela configuração espacial e pela forma do ambiente construído, com padrões de movimento efetivados para mais ou para menos de acordo com aspectos socioculturais dos que habitam esses entornos; b) a existência de diferentes arranjos espaciais nessas edificações, capazes de modelar o movimento de pedestres, cada qual com lógicas de uso do espaço próprias; e c) dois casos fortemente contrastantes, um no qual existe uma dualidade no uso do espaço, considerando a edificação isolada e junto da malha urbana, indicando maior permeabilidade do SC à vida pública, e um outro caso em que movimento e estrutura espacial (decorrente da costura edificação-cidade) pouco se relacionam ou apresentam comportamentos opostos. De modo geral, evidenciou-se aqui que as malhas espaciais dos SCs, adicionadas à cidade, não contribuem para o aumento de acessibilidade do sistema, causando um efeito inverso em algumas situações, como na escala mais local; contudo, a edificação pode se beneficiar dessa costura, como visto na análise de um dos casos, canalizando acessibilidade e movimento do exterior para a edificação.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 350255 - EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO
Interno - ***.011.224-** - MARCIO MORAES VALENCA - UFRN
Externa ao Programa - ***.592.983-** - LUCY DONEGAN - UFPB
Externa à Instituição - HELIANA COMIN VARGAS - USP
Notícia cadastrada em: 03/07/2023 14:11
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