ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA EM MADEIRA:
um ensaio a partir de (ins)urgências tecnológicas e socioambientais
Palavras-chave: madeira; Arquitetura Contemporânea; teorias da arquitetura; tecnologia.
A madeira, um dos materiais mais antigos, tradicionais e versáteis da história da arquitetura, perdeu bastante espaço na cultura industrial desenvolvida na arquitetura modernista e na cultura de consumo que se expandiu junto à arquitetura pós-modernista. Acredita-se, de maneira geral, que o novo protagonismo deste material enquanto sistema construtivo veio associado à urgência de práticas renováveis em resposta às atividades intensivas de esgotamento dos recursos naturais do planeta, sobretudo no final do século XX. Com a percepção de diferentes trajetórias e teorias a serviço da arquitetura, é possível perceber que o interesse pelo uso da madeira também foi reavivado em outras vertentes contemporâneas como a arquitetura ecológica, low-tech, high-tech, eco-tech, regionalismo crítico, arquitetura “mais por menos”, biofilia e fenomenologia. Tendo como recorte o período compreendido entre os anos 90 e os dias de hoje, o objetivo geral deste trabalho é estudar as obras arquitetônicas em madeira à luz da produção contemporânea global, sistematizando-as pelas suas narrativas de acordo com as Teorias da Arquitetura. A partir de uma abordagem qualitativa, os métodos e técnicas adotados consistem numa pesquisa bibliográfica, cuja análise foi realizada de maneira descritiva e reflexiva a partir das urgências contemporâneas que conduzem a evolução da arquitetura em madeira na produção atual, contemplando questões éticas, tecnológicas, interferências globais nas culturas técnicas locais, ativismo social e atmosferas provocadas pela percepção multissensorial no espaço construído.