A AIA DO CONTO: MULHERES, PATRIARCADO E RELIGIOSIDADE EM THE HANDMAID’S TALE.
The Handmaid’s Tale. Mulheres. Patriarcado. Machismo. Religiosidade.
Margaret Atwood, ao escrever The Handmaid’s Tale, em 1985, baseou-se em momentos históricos, que ocorreram antes e durante aquela década e, principalmente, no fato de que cresciam os protestos femininos e feministas em busca de autonomia para decidir sobre suas vidas e seus corpos. Portanto, este livro trouxe e traz significantes pontos a serem debatidos na atualidade, tendo em vista que as mulheres seguem na busca por igualdade. Abordamos neste trabalho o papel exercido pela mulher na história da humanidade e na sociedade, a criação do patriarcado, o qual submete a mulher ao machismo presente no cotidiano e em todos os ambientes a qual pertence, e de que forma a religiosidade é usada para manter e validar este domínio masculino sobre ela, com base nas escrituras sagradas e em discursos que propagam e perpetuam esses costumes. Todos esses pontos são observados na República de Gilead, lugar onde se passa o romance distópico de Atwod. Gerda Lerner (2019), Heleieth Saffioti (1987), Simone de Beauvoir (2019), Silvia Federici (2017) e Pierre Bourdieu (2010) são alguns dos nomes que servem como referencial teórico para a nossa pesquisa, no que diz respeito aos temas mencionados. Sendo este um trabalo qualitativo, de caráter exploratório, documental e bibliográfico, constatamos que, apesar de ser uma obra literária, traços deste novo mundo descrito por Margaret Atwood existem ainda no século XXI e voltam a ganhar força e espaço em nossa sociedade, afirmando a importância desta pesquisa para nos levar à reflexão.