Projeto Pedagógico do Curso


O perfil do egresso baseia-se nas características indicadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do curso de graduação em Relações Internacionais[1].


O curso proposto pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, estado estrategicamente localizado no centro da Região Nordeste e geograficamente próximo dos demais continentes, quer formar profissionais qualificados para atuar nas diversas áreas do mercado de trabalho em que o conhecimento dessa matéria é fundamental para o desenvolvimento de atividades profissionais, de acordo com as peculiaridades da sua área de inserção regional.


A proximidade geográfica com África, Europa e Estados Unidos e as tradições históricas que caracterizam o estado do Rio Grande do Norte, se transformam numa vantagem estratégica para a inserção profissional do egresso que se pretende formar.


O Bacharel em Relações Internacionais da UFRN será um profissional de alta competência técnica e capaz de compreender criticamente o contexto político e econômico que se insere,  por meio do domínio de ferramentas técnicas e da competência científica para solucionar problemas em prol de um estado democrático que seja interventivo na diminuição das desigualdades sociais, com capacidade de atuar na concepção, gerenciamento, gestão e organização de atividades com interface internacional nas instituições nas quais atuar.

Considerando-se o objetivo do curso, o perfil delineado para o egresso, as competências e habilidades que deverão ser desenvolvidas, a formação está fundamentada em quatro eixos articulados e é caracterizada pela interdisciplinaridade dos conteúdos trabalhados, adiante apresentados.


Os estudos são interdependentes de tal forma que ao egresso seja possível a compreensão crítica de todos os componentes curriculares do curso, que se inter-relacionam, na perspectiva de articular o conhecimento teórico com a ação prática na análise e na intervenção relacionadas com o estudo no campo das Relações Internacionais. Assim, o curso objetiva instrumentalizar o aluno com ferramentas e procedimentos metodológicos para o diagnóstico abrangente dos problemas e a busca de soluções adequadas para a realidade do seu tempo. A vocação para a pesquisa, característica do Curso, deve promover a apreensão de valores éticos, o respeito aos direitos humanos e à diversidade cultural.


Nessa perspectiva, os componentes curriculares e atividades pedagógicas deverão proporcionar o entendimento sobre os princípios da ética, do respeito, da promoção dos direitos humanos, da justiça social, da participação política, da legalidade democrática e do desenvolvimento sustentável como prerrogativas das sociedades contemporâneas.


Em conformidade com as diretrizes e os princípios da UFRN através do seu PDI, os componentes curriculares do Curso devem propiciar ao aluno uma visão plural, interdisciplinar e intersetorial das relações internacionais, conferindo-lhe autonomia intelectual e profissional para dar continuidade à sua formação, fazendo frente às novas demandas e às rápidas transformações sociais e tecnológicas.




[1] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes curriculares para o curso de relações internacionais. Resolução n º 4, de 4 de outubro de 2017 - MEC/CNE. Disponível em:  http://portal.mec.gov.br/docman/outubro-2017-pdf/73651-rces004-17-pdf/file

 


O egresso do curso deverá possuir as seguintes competências e habilidades básicas, também previstas nas DCN do curso, quais sejam:

Art. 4º O Curso de Graduação em Relações Internacionais deve possibilitar a formação profissional que revele, pelo menos, as seguintes competências e habilidades relacionadas à concepção, ao gerenciamento, à gestão e à organização de atividades com interface internacional:

I - Capacidade de compreensão de questões internacionais no seu contexto político, econômico, histórico, geográfico, estratégico, jurídico, cultural, ambiental e social, orientada por uma formação geral, humanística e ética;

II - Capacidade de solução de problemas numa realidade diversificada e em transformação;

III - Capacidade de utilização de novas tecnologias de pesquisa e comunicação;

IV - Habilidades interpessoais (consciência social, responsabilidade social e empatia);

V - Capacidade de planejar, propor, executar e avaliar ações de promoção do desenvolvimento na escala local, a partir da coerente integração entre teoria e prática;

VI - Capacidade de planejar e executar estrategicamente a internacionalização de organizações de diferentes tipos;

VII - Domínio na elaboração, avaliação e aplicação de instrumentos normativos internacionais;

VIII - Utilização dos métodos quantitativos e qualitativos para análise de fenômenos históricos e contemporâneos de política internacional;

IX - Raciocínio lógico e expressão adequada de ideias complexas;

X – Utilização adequada de teorias e conceitos próprios do campo de Relações Internacionais e seu uso na análise de situações concretas;

XI - Postura crítica com relação a argumentos, evidências, discursos e interpretações, com relação tanto a eventos e processos internacionais, quanto a abordagens, teorias e perspectivas em Relações Internacionais;

XII - Domínio das habilidades relativas à efetiva comunicação e expressão oral e escrita em língua portuguesa;

XIII - Capacidade de compreensão em língua estrangeira, em especial em língua inglesa;

XIV - Capacidade de pesquisa, análise, avaliação e formulação de cenários para atuação na esfera internacional;

XV - Capacidade de tomada de decisões; planejamento, condução, análise e avaliação de negociações e de resolução de problemas numa realidade diversificada e em constante transformação;

XVI - Capacidade de formular, negociar e executar projetos de cooperação internacional.

 

Ao absorver estas recomendações de formação o PPC orienta-se para o desenvolvimento das seguintes competências e habilidades básicas:

1.  Atuar na concepção, no gerenciamento, na gestão e na organização de atividades com interface internacional;

2.  Reconhecer e definir problemas, mediar conflitos e equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo de trabalho, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos;

3.   Dominar o embasamento teórico necessário a auto adaptação às mudanças que venham a ocorrer durante o desempenho de suas atividades profissionais, devido às constantes transformações da sociedade;

4.  Gerenciar seu tempo e espaço de trabalho;

5.  Possuir capacidade de expressão e comunicação com seu grupo, superiores hierárquicos ou subordinados, de cooperação, trabalho em equipe, diálogo, exercício da negociação e de comunicação interpessoal;

6.  Ter capacidade de transferir conhecimentos da vida cotidiana para o ambiente de trabalho e vice-versa;

7.  Ter iniciativa, criatividade, vontade de aprender, abertura às mudanças, consciência da qualidade e das implicações éticas do seu trabalho;

8.  Refletir e atuar criticamente sobre a esfera do relacionamento interpessoal e organizacional, compreendendo as diversas questões envolvidas nos processos históricos, socioeconômicos e políticos internacionais;

9.  Ter raciocínio lógico, crítico e analítico para estabelecer relações formais e causais entre fenômenos e para expressar-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais.

10. Ter habilidades de trabalho em grupo e de comunicação e expressão, em língua pátria e estrangeira;

11. Ter uma visão humanística crítica sobre o impacto de sua atuação profissional na sociedade, com foco interdisciplinar no desenvolvimento sustentável e na inovação como pressuposto das sociedades contemporâneas.



Este PPC alicerça-se em primeiro lugar em duas premissas fundamentais: a) o Plano de Desenvolvimento Institucional da UFRN; b) as Diretrizes Curriculares do Curso de Graduação em Relações Internacionais.


O Plano de Desenvolvimento Institucional 2020-2029 estabelece que

a missão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como instituição pública, é educar, produzir e disseminar o saber universal, preservar e difundir as artes e a cultura e contribuir para o desenvolvimento humano, comprometendo-se com a justiça social, a sustentabilidade socioambiental, a democracia e a cidadania.

 

A oferta de componentes curriculares no curso está organizada consoante a Resolução que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Relações Internacionais, bacharelado, a serem observadas pelas Instituições de Educação Superior (IES) em sua organização curricular (Resolução n º 4, de 4 de outubro de 2017 - MEC/CNE).[1] Segundo esta normativa, o curso deve contemplar quatro eixos de formação:

I - Eixo de Formação Estruturante: contempla, obrigatoriamente, os conteúdos de Teorias das Relações Internacionais; Segurança, Estudos Estratégicos e Defesa; Política Externa; História das Relações Internacionais; Economia Política Internacional; Ciência Política; Direito Internacional e Direitos Humanos; Instituições, Regimes e Organizações Internacionais.

II - Eixo de Formação Interdisciplinar: contempla os conteúdos das Ciências Sociais; Economia; Direito; Filosofia; Sociologia; Antropologia; Geografia; Estatística, Metodologia; Ética; e diretrizes e requisitos legais, que constituirão o alicerce da formação geral, humanística e ética do curso.

III - Eixo de Formação voltado à atividade profissional: Estudos ou atividades práticas (organizados em disciplinas ou atividades optativas), de caráter transversal e interdisciplinar, para o enriquecimento do perfil do egresso. Incluem atividades laboratoriais de simulações de negociações, simulações históricas; exercícios de construção de cenários prospectivos; exercícios de análise de conjuntura; conteúdos voltados para a elaboração, acompanhamento e avaliação de projetos de cooperação técnica; conteúdos voltados aos aspectos interculturais e para o aprimoramento de habilidades interpessoais.

IV - Eixo de Formação Complementar: As atividades, a que se refere esse eixo de formação, contemplam os conteúdos de caráter transversal e interdisciplinar, para o enriquecimento do perfil do formando.

 

O curso poderá assumir “vocação, ênfase, característica central ou direcionamento geral da área de formação que cada curso de Relações Internacionais optar por fornecer aos seus estudantes”, conforme as diretrizes curriculares para o curso de RI, o que se coaduna com a vocação pretendida e descrita tanto no perfil do egresso, como na caracterização dos componentes curriculares ofertados, que no caso deste PCC, apesar de não haver uma identificação específica de ênfase de formação, guarda como característica a oferta de componentes que fomentem no egresso capacidades para atuação no campo do desenvolvimento sustentável, nos eixos econômico, social e ambiental, como um pilar das sociedades contemporâneas.


A matriz curricular constante neste projeto foi construída a partir das orientações constantes nos documentos oriundos do Ministério da Educação e em especial, a Resolução Nº 04, de 13 de outubro de 2017 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do curso de Relações Internacionais, com a seguinte organização, consoante os quatro eixos de formação:

 

Componentes curriculares e demais atividades por eixo de formação

I - Eixo de Formação Estruturante

Introdução às Relações Internacionais

Teoria das Relações Internacionais

História das Relações Internacionais

Introdução ao Estudo do Direito

Estado e Constitucionalismo Contemporâneo

Direitos Humanos e Política Internacional

Direito Comparado

Teorias Políticas

Sistemas de Organizações Internacionais

Geopolítica e Segurança Internacional

Estudos Regionais: América

Estudos Regionais: Europa

Estudos Regionais: Oriente Médio

Estudos regionais: África

Elementos de Direito Internacional Público e Privado

Migração e Regulação

Direito da Energia em Relações Internacionais

Geopolítica e Transição Energética

Agências Internacionais e Proteção de Dados

Meio Ambiente e Segurança Nacional

Ecocídio e Impacto Global

Retórica em Relações Internacionais

II - Eixo de Formação Interdisciplinar

Filosofia Social e Política

Introdução à Economia

Sociologia das Relações Internacionais

Metodologia da Pesquisa Científica

História Econômica Geral I

História Econômica Geral II

Política Ambiental Global

Economia Clássica

Economia Política I

Introdução à Probabilidade e Estatística

Direito e Desenvolvimento

Economia do Meio Ambiente

Proteção Internacional das Relações de Consumo

LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais

Empreendedorismo

Tópicos Especiais em Relações Internacionais I

Tópicos Especiais em Relações Internacionais II

Tópicos Especiais em Relações Internacionais III  

Tópicos Especiais em Relações Internacionais IV

Tópicos Especiais em Relações Internacionais V

III - Eixo de Formação voltado à atividade profissional

Resolução de Conflitos e Cultura de Paz

Análise de Política Comparada

Análise de Cenários

Estágio em Relações Internacionais I

Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho de Conclusão de Curso

Estágio em Relações Internacionais II

Laboratório de comunicação científica

IV - Eixo de Formação Complementar

Atividades complementares previstas em resolução específica do curso, flexíveis, a saber: proficiência em línguas estrangeiras, participação em seminários extracurriculares, estágio não-obrigatório, atividades de mobilidade, palestras, conferências, grupos de pesquisa e eventos de caráter científico e cultural, na promoção da cidadania e do respeito aos direitos humanos, com acompanhamento, orientação e avaliação de docentes do curso, com natureza extensionista, de ensino ou de pesquisa.


Este PPC atende ainda às normativas da UFRN constantes nos seguintes documentos: Resolução 171/2013-CONSEPE, de 05 de novembro de 2013, que aprova o Regulamento dos Cursos Regulares de Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte; e Resolução 006/2022-CONSEPE que aprova o regulamento da extensão na UFRN; Resolução 002/2022 que atualiza a Política de Inclusão e Acessibilidade na UFRN.

 

Importa ainda mencionar que a matriz curricular construída à luz dos parâmetros regulamentares apresentados, pretende instituir o funcionamento de um curso em que a oferta de Componentes Curriculares Obrigatórios e Componentes Curriculares Optativos, entre eles as Atividades Complementares e o Trabalho de Conclusão de Curso atinjam os fundamentos e objetivos propostos neste PPC através da adoção da flexibilidade curricular, interdisciplinaridade e indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão, tanto como princípio epistemológico e teórico, quanto como prática de atuação nas atividades do curso como vê-se em sequência.

 

A construção da proposta metodológica do curso ancorou-se em três fundamentos principais: a flexibilização curricular, a interdisciplinaridade epistêmica e metodológica e a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Quanto à flexibilidade optou por estruturar a matriz curricular de modo a permitir que o estudante mantenha um fluxo contínuo em seu percurso formativo.

 

O estudante poderá escolher cursar um percentual representativo de Componentes Curriculares Optativos e de Atividades Complementares, o que lhe conferirá maior autonomia na construção de um percurso próprio, relacionado aos seus interesses. Para tanto, buscou reduzir ao máximo a existência de pré-requisitos entre os componentes curriculares obrigatórios e optativos oferecidos no curso, pois a flexibilidade curricular adotada é coerente com as necessidades de formação pretendida, que demanda atuação em cenários diversos.  

 

As atividades práticas e simuladas do curso de Relações Internacionais podem ocorrer em diferentes contextos, tais como:

 - Simulações de Organizações Internacionais: Muitas universidades e instituições promovem simulações de organizações internacionais, como as Nações Unidas (Model United Nations - MUN), Organização dos Estados Americanos (MOEA), União Europeia (EuroMUN), entre outras. Nesses eventos, os estudantes assumem o papel de diplomatas e representam diferentes países, debatendo e negociando sobre questões internacionais;

 - Diplomacia e Negociações Internacionais: As atividades práticas podem envolver simulações de negociações diplomáticas, em que os estudantes atuam como representantes de países ou organizações e participam de exercícios de negociação sobre temas específicos, como acordos comerciais, resolução de conflitos ou tratados internacionais;

 -  Visitas a Organizações e Instituições: Os estudantes de RI podem ter a oportunidade de realizar visitas a organizações internacionais, embaixadas, consulados, agências governamentais e organizações não governamentais (ONGs) para conhecer de perto o funcionamento dessas instituições e aprender sobre as práticas e desafios da diplomacia e da cooperação internacional;

 - Estágios em Organizações Relacionadas: Muitos cursos de RI oferecem a possibilidade de estágios em organizações relacionadas, como embaixadas, consulados, instituições governamentais, empresas internacionais, ONGs e think tanks[1]. Esses estágios proporcionam aos estudantes uma experiência prática no campo das Relações Internacionais e permitem que apliquem seus conhecimentos teóricos em situações reais;

 - Pesquisa de Campo e Estudos de Caso: As atividades práticas também podem envolver pesquisa de campo e estudos de caso, em que os estudantes realizam investigações em determinados contextos internacionais, entrevistam pessoas envolvidas em questões internacionais específicas, analisam documentos e desenvolvem análises e relatórios sobre esses temas.

 

Busca-se também promover uma interdisciplinaridade epistêmica e metodológica. A concepção adotada de interdisciplinaridade neste PPC é que esta se constitui na integração entre pressupostos epistemológicos que se refletem nos caminhos metodológicos assumidos para a organização do ensino, uma vez que a proposta interdisciplinar pressupõe a integração entre teoria e prática levando a uma formação integral e contextualizada, que inclui uma formação básica em empreendedorismo e um laboratório de comunicação científica, como uma atividade inovadora do curso.

 

A interdisciplinaridade epistêmica e metodológica está articulada no projeto com a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão que constituem a prática acadêmica nas universidades brasileiras e que está expressa como um princípio no PDI 2020-2029 da UFRN.

 



[1]Resolução n º 4, de 4 de outubro de 2017 - MEC/CNE. Disponível em:  http://portal.mec.gov.br/docman/outubro-2017-pdf/73651-rces004-17-pdf/file



[1] Think tanks são organizações independentes de pesquisa e análise que se dedicam a produzir conhecimento e oferecer soluções para problemas sociais, políticos, econômicos e estratégicos. Reúnem especialistas de diversas áreas, como ciência política, economia, relações internacionais, direito e outros campos relacionados. Desempenham um papel importante na formulação de políticas públicas e no fornecimento de análises e recomendações para governos, empresas, organizações internacionais e a sociedade em geral. Eles conduzem pesquisas, realizam estudos e produzem relatórios sobre questões específicas, oferecendo insights e propostas de ação. (Teixeira, 2013).



Para o presente projeto, entende-se a avaliação como um processo contínuo, participativo e parte integrante do processo educativo, na busca pelo alcance dos objetivos traçados para o Curso, intencionando seu gradual aprimoramento por meio da busca de superação dos problemas identificados. Nesse intuito, os processos avaliativos devem servir como parâmetros de retroalimentação que subsidiem o realinhamento das ações acadêmicas.

 

AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

 

No que concerne a avaliação do processo de ensino-aprendizagem, o curso se pautará no que é estabelecido e disciplinado pelo Regulamento dos Cursos de Graduação da UFRN (Resolução n° 171/2013 – CONSEPE). Nesse caminho, levará em conta o perfil do egresso estabelecido, o qual se baseia nas características indicadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) de maneira que os profissionais que se deseja formar, estejam aptos a atuarem na gestão e/ou assessoria de organizações com competência técnica, capacidade crítica, reflexiva, de liderança e inovação para melhor compreender o contexto político e econômico que se insere.


O processo avaliativo envolverá aspectos de natureza qualitativa e quantitativa, com utilização de múltiplos instrumentos tais como prova escrita, trabalhos individuais e em grupo, seminários temáticos, elaboração de diagnósticos e escrita de relatórios técnicos. Também, se levará em conta a participação ativa do aluno nas atividades desenvolvidas em sala de aula, laboratórios, bem como as de campo (visitas técnicas e pesquisas). Tudo isso buscando favorecer e possibilitar a mensuração do domínio e problematização de conteúdos tanto de natureza teórica como empírica relacionados às competências e habilidades concernentes à formação do egresso.


O planejamento do curso de RI considera que a flexibilização na avaliação do processo de ensino-aprendizagem é um aspecto importante para garantir a equidade e a inclusão de todos os estudantes, considerando suas especificidades socioeconômicas, físicas, cognitivas, sensoriais, mentais e necessidades específicas. Esse processo busca garantir que todos os alunos tenham oportunidades justas de demonstrar seu conhecimento e habilidades, levando em conta suas circunstâncias individuais. O curso de RI conta com o apoio da SIA para fornecer orientações e meios de promover essa flexibilização.


São os seguintes os principais pontos considerados para o norteamento do planejamento específico das atividades docentes no curso:

●   Adaptação de recursos e materiais: Os recursos e materiais utilizados na avaliação podem ser adaptados para atender às necessidades específicas dos alunos. Por exemplo, materiais em formatos acessíveis podem ser fornecidos para estudantes com deficiência visual, como braille ou versões eletrônicas com leitores de tela. Da mesma forma, podem ser disponibilizadas adaptações para estudantes com deficiência auditiva, como intérpretes de libras ou legendas em vídeos, conforme demanda a ser eventualmente atendida;

●   Apoio e acompanhamento individualizado: Alunos com necessidades específicas podem receber apoio e acompanhamento individualizado durante a avaliação. Isso pode incluir a presença de profissionais de apoio, como intérpretes, mediadores ou auxiliares, que possam auxiliar o aluno durante o processo de avaliação, garantindo que ele possa compreender e responder adequadamente às questões;

●   Tempo adicional: Alunos com necessidades educacionais específicas podem necessitar de tempo adicional para concluir as tarefas de avaliação. A flexibilização permite que esses alunos tenham o tempo necessário para demonstrar seus conhecimentos e habilidades, sem serem prejudicados pela limitação de tempo;

●    Avaliação diferenciada: A avaliação pode ser adaptada de acordo com as necessidades específicas dos alunos. Isso pode envolver a modificação das questões, a utilização de formatos alternativos de avaliação (como projetos, apresentações orais ou portfólios) ou a criação de critérios de avaliação diferenciados;

●   Estratégias de avaliação alternativas: Alunos com dificuldades específicas podem se beneficiar de estratégias de avaliação alternativas. Por exemplo, em vez de avaliar apenas por meio de provas escritas, pode-se utilizar a observação direta, a participação em atividades práticas ou a elaboração de relatórios de experiências.


É importante ressaltar que a flexibilização na avaliação não implica em diminuir as expectativas de aprendizagem ou os critérios de avaliação, mas sim em ajustar o processo para garantir que todos os estudantes tenham igualdade de oportunidades de demonstrar seu conhecimento e habilidades, considerando suas necessidades específicas. A flexibilização deve ser realizada de forma individualizada, em diálogo com o estudante e com o apoio de profissionais especializados, quando necessário. Além disso, é um princípio norteador do curso a promoção de um ambiente inclusivo, sensível às diversidades e que ofereça suporte adequado aos estudantes, de modo a garantir que o processo de ensino-aprendizagem seja efetivamente conduzido e que promova a equidade educacional.


Entende-se que os procedimentos avaliativos adotados e devidamente acompanhados, estão em consonância com à concepção do curso definida neste PPC, favorecendo, desse modo, o desenvolvimento contínuo e efetivo de uma postura autônoma do discente, em razão do incentivo dado a participação ativa do aluno nas atividades desenvolvidas.

 

AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO

 

Intenciona-se que o processo de acompanhamento e avaliação do Projeto Pedagógico do Curso ocorra de maneira contínua, tornando possível a identificação dos aspectos impulsionadores (acertos), assim como os restritivos (dificuldades) que naturalmente ocorram na implementação do projeto, objetivando com isso o redimensionamento de tais aspectos no sentido da melhoria contínua.


Para alcançar esse intento, será realizado anualmente a Semana de Avaliação e Planejamento (SAP) do curso em acordo com a Resolução Nº 048/2020-CONSEPE, de 08 de setembro de 2020 que aprova a política de melhoria da qualidade dos cursos de graduação e de pós graduação oferecidos pela UFRN. Também será elaborado oportunamente e implementado o Plano de Ação Trienal dos Cursos de Graduação (PATCG).


À luz de tal plano serão desenvolvidas as ações didático-pedagógicas objetivando a formação do profissional pretendido. Semestralmente, durante a semana pedagógica, essas ações serão avaliadas conjuntamente pelos docentes e representação discente, sendo estabelecidas as repactuações de metas que se fizerem necessárias. Essa avaliação realizada no âmbito da SAP contará com a participação de alunos e professores que atuam no curso.


Envolverá ações decorrentes de autoavaliação e das avaliações externas como ENADE, avaliações do curso, CPC entre outras. Estas ocorrerão de forma periódica de modo a servir como instrumento de aprimoramento para o curso. Tão logo seja formada a primeira turma, este acompanhamento também passará a ser sobre a percepção dos egressos.


Certamente, também será levado em conta no processo de avaliação do projeto pedagógico, as condições de infraestrutura para o funcionamento do curso e desempenho das atividades acadêmicas. Tendo em vista o entendimento aqui registrado de uma avaliação contínua e processual, importa dizer que outros modos de avaliação poderão ser definidos com base nas necessidades emergentes e evidenciadas por todos os atores envolvidos. Outrossim, registra-se que o acompanhamento e avaliação do PPC serão coordenados pelo Núcleo Docente Estruturante do Curso.


Ainda em relação aos processos de avaliação será considerado a atuação conjunta entre o curso, a Comissão Própria de Avaliação – CPA e a Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) por meio da Diretoria de Desenvolvimento Pedagógico (DDPed). Tudo isso na perspectiva de um planejamento estratégico, sempre com foco no que está sendo proposto quanto aos objetivos do curso de Relações Internacionais, perfil do egresso, competências e habilidades esperadas, bem como as ações implementadas. 


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