Dança; Educação; Corpo; Ancestralidade.
A presente pesquisa tem como objetivo apresentar um estudo cartográfico, um processo de criação em dança antirracista na Escola Municipal Dr. Eloy de Souza, no município de Lajes, RN. A intervenção de criação em dança vem mostrar trajetórias pedagógicas e transgressoras que viabilizam a implementação da Lei nº 11.645 no ambiente escolar. Foram realizados estudos sobre a importância da dança para educar e fortalecer a transgressão dos corpos, com a improvisação em dança, construindo uma trajetória autônoma e antirracista para os discentes. Além disso, este trabalho pretende mapear processos ancestrais e subjetivos dos “corpos-territórios” de saber, que dançam e contam suas histórias, mas que também têm suas memórias reconhecidas e potencializadas. Isso acontecerá por meio de vivências da pesquisa das danças afro, a circularidade, o peso, as direções, o movimento e a pausa, usando o recurso do improviso para a criação, no jogo da capoeira e do samba de roda. A pesquisa está amparada pelas leis da educação e fundamentada pelo diálogo com os pesquisadores que constroem na sua produção, caminhos possíveis para uma educação antirracista em dança, são eles: Freire (2013), Almeida (2019), Munanga (2005), Fanon (2008), Moura (2019), Porpino (2018), Oliveira (2005), Santos (2021) e Hooks (2003). A investigação percorre o campo da sensibilidade e das subjetividades, da produção e do reconhecimento da memória ancestral afrodiaspórica dos corpos, para construir um processo de criação da mostra coreográfica, que será apresentada para a comunidade escolar.