Banca de DEFESA: MARLUCE SILVA SOARES SIQUEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARLUCE SILVA SOARES SIQUEIRA
DATA : 28/02/2024
HORA: 15:00
LOCAL: on-line
TÍTULO:

TEATRO DO OPRIMIDO. SITUAÇÕES OPRESSORAS. LIBERTAÇÃO. EDUCAÇÃO.


PALAVRAS-CHAVES:

TEATRO DO OPRIMIDO. SITUAÇÕES OPRESSORAS. LIBERTAÇÃO. EDUCAÇÃO.


PÁGINAS: 46
RESUMO:

O Presente artigo visa relatar uma Experiência com o Teatro do Oprimido, no Ensino Fundamental I, na Escola Municipal Reginaldo Ferreira Neto, localizada na Zona Norte de Natal. O objetivo da pesquisa é analisar o ensino do teatro como ação artística libertadora da voz do oprimido no processo de aprendizagem e formação do sujeito, por meio do Teatro do Oprimido de Augusto Boal, estimulando-os a identificar questões opressoras e suas possíveis soluções. Para tanto, escolheu-se a Pesquisa Ação por proporcionar melhor preparação aos estudantes para ações reais, na sua existência cotidiana e social, e a Revisão de literatura em artigos estudados durante as disciplinas do Mestrado de ProfArtes da UFRN, documentos oficiais da Educação, entre outros que dialogam com o tema. É nesse contexto que, os caminhos metodológicos se entrelaçam, no diálogo com FREIRE (1987, 1996), na pedagogia do oprimido, e da autonomia, contribuindo de forma direta para nossas rodas de conversa e reflexões, pois, sabemos que a libertação vem por meio da confissão dos oprimidos historicamente, e da consciência de sua inconclusão. Transitamos por FOCAULT (1987), na obra 'Vigiar e Punir', sobre o corpo, e a mente presos, arraigados a perpetuações culturais passadas de geração em geração. Encontramo-nos com SPOLIN (2010), e os jogos teatrais, os quais foram o ponto de partida para o fazer teatral, explorando o onde, o que e o quem. Ao contar suas histórias, os alunos enxergam o real no imaginário, trazendo suas inquietações. Mas é com BOAL (2005), através do Teatro do Oprimido, que se conquista a possibilidade dedar voz aos alunos oprimidos. Nesse processo, identificaram-se os temas opressores: Abandono Familiar, Conflitos Familiares, Suicídio, Abuso Sexual e o Racismo. A partir dessa identificação, percebeu-se logo que os alunos da Educação Básica precisavam compreender sua história. Nesta perspectiva, os alunos buscaram compreender suas origens, conversando com familiares, e realizando pesquisa sobre a história da África, e a chegada do negro no Brasil, e como sua vida foi tomada pelo opressor. Estabeleceu-se então, um diálogo com o Teatro do Oprimido, a pedagogia do oprimido, as reflexões sobre identidade e memória, para construção das cenas da Apresentação Teatral: "O Grito dos Inocentes", sendo dividida por temas opressores, e finalizada com a coreografia da dança africana Jerusalema, para relembrar aos alunos sua ancestralidade. Portanto, por meio do Teatro do Oprimido, com ênfase nas técnicas: Teatro-Fórum, Teatro Imagem, o Arco-Íris do Desejo, e das demais linguagens artísticas, os alunos puderam ter voz, expor seus conflitos, e suas possíveis soluções, além de refletir sobre sua identidade, ou seja, reconhecer-se, compreendendo sua história, desconstruindo preconceitos arraigados ao longo dos anos. Enfim, somente uma educação libertadora forma sujeitos críticos e transformadores de sua realidade, e autores de sua própria história.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.280.544-** - REBEKA CAROÇA SEIXAS - IFRN
Interno - 2276305 - ANDRE CARRICO
Externo à Instituição - RUMMENIGGE MEDEIROS DE ARAÚJO - IFRN
Notícia cadastrada em: 15/02/2024 12:16
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