Banca de QUALIFICAÇÃO: JAQUELINE FERREIRA DE MELO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JAQUELINE FERREIRA DE MELO
DATA : 30/06/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do NUPPRAR
TÍTULO:

Desenvolvimento de sensores eletroquímicos a partir de diferentes resíduos para determinação analítica de espécies de interesse clínico e ambiental.


PALAVRAS-CHAVES:

sensor  eletroquímico;  reciclado-rGO;  reaproveitamento  de  resíduos;  Paracetamol;  isoniazida;  Metais  pesados;  Arranjo  de microeletrodos de ouro; NPG


PÁGINAS: 95
RESUMO:

Sensores eletroquímicos podem ser desenvolvidos a partir do reaproveitamento de resíduos sólidos por meio de diversas estratégias. A incorporação desses materiais reduz efetivamente a necessidade de novos recursos, minimiza o desperdício e promove a produção de sensores sustentáveis e ecologicamente corretos. Essas abordagens estão alinhadas aos princípios da economia circular e da química verde. Este trabalho teve como foco o estudo das propriedades eletroquímicas e a aplicação eletroanalítica de sensores baseados no reaproveitamento de resíduos industriais ou eletrônicos na fabricação ou modificação de superfícies de eletrodos. A primeira etapa deste trabalho apresenta uma aplicação para nanomateriais de carbono produzidos a partir de resíduos da indústria alimentícia. Os nanomateriais foram sintetizados pelos métodos de esfoliação e redução térmica. O r-rGO foi caracterizados por: SEM, XRD, FTIR e espectroscopia Raman. Para avaliar o desempenho do r-rGO foi utilizada modificação drop-casting em um eletrodo de carbono vítreo (r-rGO/GCE) para testes eletroquímicos e eletroanalíticos. O sensor modificado proposto foi aplicado na determinação de paracetamol (PAR), que apresentou boa linearidade na faixa linear de 60 – 500 μmol L-1 e LOD de 0,28 μmol L-1. Em seguida, r-rGO/GCE foi usado em comprimidos PAR com taxas de recuperação de 99,7% e 104%. Outra classe de resíduo sólido de interesse neste trabalho foi o lixo eletrônico (e-waste). Esses resíduos compreendem vários componentes, incluindo microchips em dispositivos eletrônicos, como computadores e smartphones. Os microchips geralmente contêm materiais valiosos, como ouro, prata, cobre e elementos de terras raras. No entanto, quando esses dispositivos se tornam obsoletos ou param de funcionar, eles contribuem para o aumento da quantidade crescente de lixo eletrônico. Nesse contexto, foi proposto o uso de microchips (retirados de computadores obsoletos ou danificados) como uma fonte barata de arranjo de microeletrodos de ouro (Au-µEA). A morfologia e estrutura dos Au-µEA foram estabelecidas por microscopia óptica, MEV e EDS. Para modificação do sensor, um filme de bismuto foi depositado in situ, sobre um arranjo de microeletrodos de ouro (BiF/Au-µEA), para a detecção de Cd(II) e Pb(II) em amostras de água. Um planejamento experimental (CCD) foi aplicado para avaliar e otimizar o efeito das variáveis, que atuam na resposta voltamétrica dos analitos estudados (tempo de deposição, potencial de deposição, concentração de Bi(III), pH do tampão acetato, amplitude, incremento e frequência). O sensor BiF/Au-µEA provou ser apropriado para detecção de Cd(II) e Pb(II), exibindo uma resposta linear para Cd(II) 0,5–13 μmol L-1, LOD de 2,56 μmol L-1 e para Pb(II) na faixa linear 1,5 – 13 μmol L-1, LOD de 3,40 μmol L-1, o que permitiu uma boa recuperação de Cd(II) e Pb(II), 114% e 93%, respectivamente, adicionados à água da lagoa. Uma outra abordagem para o uso dos microchips envolveu a modificação da superfície do eletrodo com nanoporos de ouro (NPG/µEA) para detecçãao do fármaco isoniazida (INZ). A estrutura nanoporosa foi formada por um processo eletroquímico de anodização-redução, com a vantagem de ser uma rota de modificação simples, sem a necessidade de precursores de ouro ou agentes redutores. O sensor NPG/µEA apresentou maior atividade eletrocatalítica para INZ do que Au-µEA, com melhor sensibilidade em pH 5,0 no eletrólito suporte 0,1 molL-1 BR. NPG/µEA apresentou linearidade de 10-300 μmol L-1e LOD de 1,43 μmol L-1, permitindo a quantificação de INZ em amostras farmacêuticas com resultado de recuperação de 102,25%.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1645110 - CARLOS ALBERTO MARTINEZ HUITLE
Externa à Instituição - DANYELLE MEDEIROS DE ARAUJO - UNESP
Interna - 1805556 - LUCIENE DA SILVA SANTOS
Interna - 2413537 - POLLYANA SOUZA CASTRO
Notícia cadastrada em: 15/06/2023 17:44
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