Banca de QUALIFICAÇÃO: NATALIA CARLOS MAIA AMORIM

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NATALIA CARLOS MAIA AMORIM
DATA : 30/09/2019
HORA: 13:00
LOCAL: Sala de Reuniões do Departamento de Saúde Coletiva - DSC/UFRN
TÍTULO:

Consumo de alimentos ultraprocessados e concentração de vitamina E no leite e soro de mulheres lactantes


PALAVRAS-CHAVES:

Processamento de alimentos, Consumo alimentar, leite materno, alfa-tocoferol, lactação, aleitamento materno.


PÁGINAS: 46
RESUMO:

O consumo de alimentos ultraprocessados pode levar ao aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis, inadequação na ingestão de micronutrientes, entre outros agravos à saúde. Desta forma, é importante avaliar esse consumo durante a lactação e seu impacto na composição do leite e estado nutricional materno, pois a alimentação materna deve garantir uma adequada composição nutricional para o leite, evitando assim o estabelecimento da deficiência de micronutrientes, como a deficiência de vitamina E. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados e sua relação com a ingestão dietética e concentração de vitamina E do leite e soro de mulheres lactantes. O estudo foi de corte transversal, utilizando-se de banco de dados de duas coortes realizadas com mulheres no puerpério atendidas em Natal-RN e Santa Cruz-RN. O consumo alimentar foi obtido por três Recordatórios de 24 horas e analisado segundo a Tabela Brasileira de Composição de alimentos (TACO) e o banco de alimentos da United States Department Agriculture (USDA). Os alimentos foram avaliados de acordo com a classificação NOVA em in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários processados, processados e ultraprocessados e as participantes foram divididas em tercis conforme a contribuição calórica de alimentos ultraprocessados no total de calorias consumidas. O consumo dos alimentos in natura e minimamente processados contribuíram com 51% da ingestão calórica, seguidos de 18% dos ingredientes culinários processados, 15% de alimentos processados e 16% de alimentos ultraprocessados. Ao se fazer a divisão por tercis de consumo de ultraprocessados, observou-se diferenças significativas entre o consumo de calorias, gorduras totais e gorduras monoinsaturadas, sendo o consumo de ultraprocessados relacionado positivamente com a ingestão calórica, de gorduras e de vitamina E (p<0,05). Não houve diferença significativa na concentração de alfa-tocoferol do leite materno entre os tercis de consumo, porém foi encontrada maior concentração de alfa-tocoferol no soro das mulheres do menor tercil (<8,75%) de consumo de alimentos ultraprocessados (p=0,038). Apesar do consumo de alimentos ultraprocessados pelas mulheres lactantes ter sido abaixo do encontrado na população brasileira, ele também foi associado a maior ingestão energética e de gorduras. Além disso, uma menor ingestão de alimentos ultraprocessados conferiu um efeito protetor da vitamina E circulante durante a lactação, mesmo tendo sido encontrada uma fraca associação positiva entre a vitamina E dietética e o consumo de ultraprocessados, o que sugere a baixa biodisponibilidade da vitamina nesses alimentos e fortalece a importância de incentivar um maior consumo de alimentos in natura e minimamente processados durante o período de lactação.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - MARIA LAURA DA COSTA LOUZADA
Presidente - 2578592 - KARLA DANIELLY DA SILVA RIBEIRO RODRIGUES
Interna - 1452705 - SEVERINA CARLA VIEIRA CUNHA LIMA
Notícia cadastrada em: 20/09/2019 13:42
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