CULTURA DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM UM MUNICÍPIO DE PEQUENO PORTE
Palavras chave: Segurança do paciente; Gestão da Qualidade; Cultura Organizacional; Ciência da Melhoria.
Introdução: No contexto atual torna-se relevante instituir serviços de saúde seguros e focados no fortalecimento da cultura de segurança do paciente, substituindo a culpa e a punição pela oportunidade de aprender com as falhas e melhorar a atenção a saúde. A pesquisa surgiu da necessidade de discutir ações voltadas para o fortalecimento da cultura de segurança do paciente no contexto de um município de pequeno porte no Estado do Rio Grande do Norte. Objetivo: Realizar um ciclo interno de melhoria da qualidade voltado para a cultura de segurança do paciente sob a perspectiva dos profissionais da atenção primária à saúde e hospitalar. Método: O ciclo de Melhoria foi realizada no biênio 2019-2020 do tipo antes e depois. Com público alvo profissionais do NASF, da equipes ESF, Hospital municipal e Gestores de saúde, totalizando 58 participantes com taxa média de respostas de 82% nas duas fases da coleta. Utilizou-se o questionário “Pesquisa sobre Cultura de Segurança do Paciente para Atenção Primária” que avaliou doze dimensões da cultura de segurança do paciente: Comunicação aberta, Comunicação sobre o erro, Troca de informações com outras instituições, Padronização dos processos, Aprendizagem organizacional, Percepção geral de segurança do paciente e qualidade, Suporte da liderança para segurança do paciente, Acompanhamento do cuidado do paciente, SP e problemas de qualidade, Treinamento da equipe, Trabalho em equipe, Pressão e ritmo de trabalho. Para cada avaliação foram calculadas os intervalos de confiança de 95% para as estimativas de conformidades e estimados os valores de melhoria absoluta e relativa. As diferenças em conformidades antes e depois foram testadas para a significância estatística e calculado o valor Z para a hipótese alternativa de existência de melhoria que é aceito quando a propabilidade de hipótese nula é p<0,05. A análise ainda identificou as “fortalezas” da cultura de segurança com percentual de respostas positivas igual ou superior a 75% e as “fragilidades” com percentuais de respostas positivas inferiores a 50%. Resultados: Houve aumento significativo no percentual de cumprimento observados ao final do ciclo de sete para nove das doze dimensões da cultura de segurança do paciente avaliadas, com melhoria absoluta total de 6,2%. Conclusão: A realização desse ciclo de melhoria esta associada a um aumento na taxa de cumprimento das dimensões/critérios analisados, redução das não conformidades e predomínio do caratér positivo na percepção da cultura de segurança.