CONTROLE DA DENGUE ATRAVÉS DA ESTRATÉGIA DE LIBERAÇÃO DE AEDES AEGYPTI GENETICAMENTE MODIFICADOS: AVALIAÇÃO DE IMPACTO A PARTIR DO MÉTODO DE CONTROLE SINTÉTICO
Dengue. Aedes aegypti. Mosquitos modicados geneticamente. Avaliação de impacto. Controle sintético
A dengue tem efeitos adversos na economia do Brasil; por implicar não apenas em gastos com serviços de saúde, mas também na redução de produtividade dos trabalhadores e diminuição no turismo. Além disso, nos últimos anos, descobriu-se que o Aedes aegypti também é vetor da chikungunya e da Zika, doenças que deixam graves sequelas nos infectados, sendo a última a causa de uma geração de bebês afetados por uma forma grave de microcefalia. Diante da persistência do problema, alguns municípios têm adotado estratégias inovadoras de controle biológico do Aedes aegypti. Dentre elas, destaca-se a liberação de um mosquito modificado geneticamente, (batizado de OX513A), de uma linhagem de mosquitos machos geneticamente modificados desenvolvida pela empresa Oxitec, já adotada pelos municípios de Juazeiro/BA, Jacobina/BA, Piracicaba/SP, Juiz de Fora/MG e Indaiatuba/SP. No presente estudo, buscou-se avaliar o impacto desta estratégia na incidência de dengue nos três primeiros municípios a receber tratamento, através da metodologia do controle sintético, que permite a construção de um contrafactual para os municípios tratados por meio da ponderação ótima de municípios que não adotaram tal estratégia. Não foi possível detectar impacto para a estratégia de liberação de mosquitos nos municípios analisados.