Banca de DEFESA: TERESA JÚLIA DE ARAÚJO MELO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TERESA JÚLIA DE ARAÚJO MELO
DATA : 29/06/2018
HORA: 10:30
LOCAL: Setor V, Sala B1.
TÍTULO:

UTILIDADE SOCIAL EM EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA: O CASO DAS MULHERES DO ARTESANATO (NATAL/RN).


PALAVRAS-CHAVES:

UTILIDADE SOCIAL. EMPREENDIMENTOS SOLIDÁRIOS. MULHERES. ARTESANATO.


PÁGINAS: 85
RESUMO:

Esta dissertação tem por objetivo revelar, à luz do construto utilidade social, dimensões do trabalho e da produção na economia solidária com base em vivências de mulheres em empreendimentos do segmento artesanato. A dissertação derivou-se do projeto Gestão Social, Tecnologias Sociais e Sustentabilidade: Incubação de Empreendimentos Econômicos Solidários no Município de Natal (2016/2017) originalmente fomentado pela então Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Previdência Social (Senaes/MTPS) por meio de pesquisa-ação conduzida pela Organização de Aprendizagem e Saberes em Iniciativas Solidárias e Estudos no Terceiro Setor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte  (Oasis/UFRN). Notadamente no que se refere ao limitado retorno financeiro e à questionável viabilidade econômica dos empreendimentos, ao identificar precariedade na forma de organização dos empreendimentos, atentando para a predominância de grupos informais, com número reduzido de sócios. Em termos de renda, os valores mensais de remuneração inferiores a um salário mínimo, rendimentos muito baixos e até mesmo inexistentes, impactam diretamente na permanência dos sócios e na longevidade dos empreendimentos. Ao longo do contato com os grupos produtivos de artesanato, objeto do referido projeto de cooperação UFRN/MTb, foram ficando evidenciadas peculiaridades da rotina de funcionamento e do comportamento das associadas e motivos que as levavam até o ambiente da produção de artesanato. Quando se constata o limitado retorno financeiro da atividade, emerge, desse ponto, o problema que orienta a presenta pesquisa: se o retorno financeiro da atividade produtiva dos empreendimentos econômicos solidários, do segmento do artesanato de Natal, é incerto e limitado, o que explica a permanência dos grupos? Apesar da restrição de perfil socioeconômico pesquisado, os pressupostos levantados são que os empreendimentos de artesanato assumem uma condição de promotores de bem-estar, por vincular trabalho e arte, e, nessa condição, a dimensão econômica aparece subordinada à utilidade social. Além deste, pressupõe-se que pode assumir é que os mecanismos de avaliação de desempenho centrados no viés economicista, monetário e de mercado, não são suficientes para avaliar empreendimentos econômicos solidários que assumem elevada representatividade comunitária e relevância social. Como objetivos operacionais, encontra-se a) caracterização das dimensões da utilidade social nas práticas produtivas dos EES; b) identificar na perspectiva da utilidade social a característica que explica a viabilidade dos empreendimentos e c) evidenciar contribuições dos EES estudados para vida das associadas e da comunidade. Metodologicamente, essa dissertação adota um caráterqualitativo de pesquisa, com objetivos descritivos-exploratórios, de corte transversal. Considerou-se o estudo de caso e a coleta de dados se deu por intermédio de observação e da realização de grupos focais. Ao todo, foram realizados 12 grupos focais, com 13 dos 17 grupos mapeados para participar do projeto de cooperação UFRN/SENAES/SEMTAS Natal. As sessões foram norteadas por um roteiro semiestruturado e os dados coletados foram analisados por meio da análise de conteúdo (BARDIN, 2011) e análise lexicográfica, com auxílio do software livre de análise IRAMUTEQ. O software gerou seis categorias analíticas entrelaçadas, oriundas do corpus textual da coleta de dados, que se assemelham as categorias de análise criadas com base no referencial teórico para compreender as dimensões da utilidade social nas associações. Como resultados, pode-se compreender que as variáveis mais fortes no processo de explicar a viabilidade destes empreendimentos foram a sociabilidade e o conhecimento e não a variável renda, como em análises de viabilidades tradicionais. Comprovou-se que a sobrevivência desses empreendimentos, não se dá apenas pelo viés econômico e monetário. Acontece pelas relações sociais, culturais e afetivas da utilidade social e pela capacidade de os empreendimentos desenvolverem dinâmicas associativas, estabelecerem laços cooperativos com base na confiança, na solidariedade e sensação de pertencimento.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1169358 - WASHINGTON JOSE DE SOUSA
Externo à Instituição - ELISABETE STRADIOTTO SIQUEIRA - UFERSA
Externo à Instituição - GERDA LUCIA PINHEIRO CAMELO - IFRN
Notícia cadastrada em: 26/06/2018 11:26
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