Desidrogenação do etilbenzeno a estireno: Uma interessante alternativa para produção de nanotubos de carbono e ligas de FeCo acopladas
desidrogenação, etilbenzeno, filamentos de carbono, liga de FeCo.
A reação de desidrogenação catalítica do etilbenzeno foi utilizada com o objetivo de estudar a natureza do carbono depositado e verificar a formação de estruturas organizadas na forma de nanotubos de carbono (CNT) acopladas a ligas magnéticas de FeCo via deposição química a vapor (CVD), assim como, paralelamente, conduzir a formação de produtos de alto valor agregado, tal como o estireno (ST). Foi empregado um óxido à base de Fe e Co na proporção 1:1 sintetizado pelo método dos precursores poliméricos como catalisador para esta reação. O ambiente redutor proveniente da desidrogenação foi utilizado para sintetizar a liga FeCo a partir do óxido metálico. O estudo da reação foi realizado em quatro temperaturas diferentes (700, 650, 600 e 550°C), nos tempos de 2h e 4h. Para caracterizar esses materiais foram utilizadas técnicas de difração de raios-X (DRX), redução à temperatura programada (TPR), análise termogravimétrica (TGA), microscopia eletrônica de varredura (FEG-MEV), energia dispersiva de raios-X (EDS), magnometria de amostra vibrante (VSM) e cromatografia em fase gás (GC). Os difratogramas indicam a formação da liga de FeCo e a presença de carbono cristalino. Os perfis de H2-TPR confirmam que a liga pode ser formada na temperatura reacional a partir de 370°C. As imagens obtidas por FEG-MEV acopladas ao EDS mostraram a formação de filamentos de carbono acoplados à liga FeCo. Os cromatogramas indicam que os filamentos foram formados a partir do metano e/ou eteno gerados indiretamente a desidrogenação, visto que esses produtos não foram identificados. As propriedades magnéticas foram confirmadas pelo VSM, a qual varia de acordo com o tempo e temperatura de reação e a magnetização de saturação mostrou uma relação direta com o tamanho do cristalito da liga.