Banca de DEFESA: WALDA VIANA BRÍGIDO DE MOURA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WALDA VIANA BRÍGIDO DE MOURA
DATA: 26/08/2011
HORA: 08:30
LOCAL: Sala de Reuniões do CONSEC-CCS
TÍTULO:

O RESGATE DA AUTO-ESTIMA DE IDOSOS ATRAVÉS DA REABILITAÇÃO ORAL


PALAVRAS-CHAVES:

Saúde Bucal do Idoso, Epidemiologia, Reabilitação Oral, Prótese Dentária, Instituição de longa Permanência para Idosos, Avaliação Cognitiva.


PÁGINAS: 55
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO:

Objetivo: O presente estudo objetivou analisar as características epidemiológicas das condições de saúde bucal de 98 idosos de uma Instituição de Longa Permanência (ILP) e de 125 participantes de Grupos de Convivência, de bairros periféricos, socialmente semelhantes, de Fortaleza, Ceará, Brasil, para orientar o tratamento odontológico dos mesmos. Investigou-se a autopercepção em saúde bucal desses idosos a fim de realizar uma avaliação comparativa com os levantamentos epidemiológicos de base nacional (SB Brasil) e de base estadual (SB Ceará). Devido a alguns idosos da ILP recusarem o tratamento dentário e a identificação do elevado percentual de demenciados, optou-se por realizar uma avaliação cognitiva, o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) visando identificar os aptos à reabilitação oral. Métodos: A coleta de dados foi realizada por cinco examinadores, utilizando-se o referencial teórico-metodológico do SB Brasil cujos critérios adotados foram os recomendados pela OMS (1993). Resultados: O CPO-D médio encontrado na ILP, foi de 29,88, com predomínio do componente perdido (93,27%) enquanto o CPO-D médio dos não institucionalizados fixou-se em 30,17, com predomínio do componente perdido (63,7%). Também avaliaram-se o uso e a necessidade de prótese dentária: dos residentes na ILP, 10,20% usavam prótese superior e 3,06%, inferior; 94,90% necessitavam de  superior e 97,96% de inferior; a prótese total foi o tipo mais prevalente, sendo 88,78% para ambos os arcos. O percentual do uso de prótese dos não institucionalizados foi 71,20% no arco superior, sendo 66,40% prótese total; já para o arco inferior, 32,80%, das quais 31,20% prótese total. Relacionado à necessidade, 67,20% era no arco superior e 78,40% inferior, sendo 56,00% prótese total superior e 53,60% inferior. No presente estudo, tanto para uso quanto para necessidade, considerando ambos os arcos, a diferença entre os idosos institucionalizados e não institucionalizados foi estatisticamente significativa pelo teste Qui2 (p<0,001). As condições subjetivas relacionadas à saúde bucal que se mantiveram associadas à autopercepção positiva entre idosos foram: relato de nenhuma dor nos últimos seis meses: 76,50%; classificação da mastigação, fala e aparência dos dentes e gengivas como boas: 50,00%, 59,80% e 60,80%, respectivamente; e percepção de que o relacionamento social não é afetado pelas condições de saúde bucal, 58,80%. Como resultado do MEEM, observou-se deterioração cognitiva (escore ≤ 12) em 37,25% dos entrevistados, bem como um declínio cognitivo com o avanço da idade. Conclusões: Relacionado ao tipo de prótese, os resultados apontam que há um maior percentual de uso de prótese total no arco superior e maior freqüência quanto à ausência de próteses de qualquer tipo no arco inferior. Foi constatado que a necessidade de prótese era superior ao uso em ambos os grupos. Evidenciou-se que os idosos pesquisados foram submetidos a tratamento mutilador e, como consequência, necessitam de reabilitação oral, o que pressupõe a necessidade de políticas públicas para que isso ocorra efetivamente. Os participantes deste estudo caracterizam-se por uma auto-percepção positiva da sua saúde bucal, a despeito das condições clínicas insatisfatórias e de precária saúde bucal, com acentuada prevalência de cárie dentária e edentulismo. O MEEM revelou deficiência cognitiva na maioria dos idosos, confirmando que a sua aplicação, previamente à reabilitação oral pode evitar desperdícios financeiros, uma vez que identifica os aptos à adaptação protética e ao autocuidado eficiente. Tais achados refletem a necessidade de implantação de políticas reabilitadoras em saúde bucal voltadas para o idoso, baseadas na perspectiva da integralidade como princípio doutrinário do Sistema Único de Saúde, o que redundaria numa melhor qualidade de vida, tanto pela melhor mastigação, digestão e consequente maior aproveitamento dos alimentos, quanto pelo favorecimento à socialização e à autoestima dessa clientela.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1149531 - IRIS DO CEU CLARA COSTA
Interno - 1348383 - GEORGE DANTAS DE AZEVEDO
Externo ao Programa - 1149540 - ANGELO GIUSEPPE RONCALLI DA COSTA OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 17/08/2011 12:50
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