Associação dos passos/dia e cadência pico com risco cardiometabólico em idosos da comunidade: Um estudo transversal
Envelhecimento, Atividade física, Comportamento ambulatorial, Síndrome metabólica
Objetivo: Investigar a associação entre passos/dia e a cadência pico de 30-min com o risco cardiometabólico de idosos.
Métodos: Esse estudo transversal incluiu 245 idosos da comunidade (65,9 ± 4,9 anos; 78,4% do sexo feminino). Passos/dia e cadência pico foram avaliados por acelerômetro. Risco cardiometabólico foi definido usando um escore contínuo de síndrome metabólica (cMetS), incluindo pressão arterial, colesterol-HDL, circunferência da cintura, triglicerídeos e glicemia de jejum. Os participantes foram categorizados de acordo com a quantidade de passos/dia (inativo <5000; pouco ativo 5000–7499; ativo 7500–9999; muito ativo10000+), e passos/min (muito baixo <40; baixo 40–59; médio 60–79; alto 80–99; muito alto, 100+). Modelo linear generalizado foi usado para a análise dos dados.
Resultados: Os grupos, pouco ativo (β = –0,27, p = 0,027), ativo (β = –0,34, p = 0,013), e muito ativo (β = –0,47, p = 0,010) tinham menor cMetS comparado ao grupo inativo. Cada incremento de 1000 passos/min foi associado a uma redução de 0,07 cMetS (p < 0,001). Os grupos, baixo (β = –0,38, p = 0,026), médio (β = –0,51, p = 0,003), alto (β = –0,58, p = 0,001), e o muito alto (β = –0,89, p <0,001) tinham menor cMetS comparado ao grupo muito baixo. Cada incremento de 10 passos/min na cadência pico de 30-min foi associado com uma redução de 0,08 em cMetS (p = 0,001).
Conclusão: As proxies fáceis de usar do volume (passos/dia) e intensidade (pico de cadência) do comportamento ambulatorial estão inversamente associadas em forma de dose-resposta ao risco cardiometabólico em idosos da comunidade.