Banca de DEFESA: JANIMA BERNARDES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JANIMA BERNARDES
DATA: 25/01/2013
HORA: 14:00
LOCAL: CCHLA - Auditório "A"
TÍTULO:

PROPOSTAS DE ESCRITA DOS LIVROS DIDÁTICOS DE PORTUGUÊS: MECANISMOS DE CONTROLE

 


PALAVRAS-CHAVES:

Livros Didáticos; Propostas de escrita; Mecanismos de Controle; Autoria.

 


PÁGINAS: 163
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Teoria e Análise Lingüística
RESUMO:

 

Esta dissertação tem como objeto de investigação as propostas de escrita dos Livros Didáticos de Português (LDP) do Ensino Fundamental (EF), do (6 ̊ ao 9 ̊ ano), da década de 1970 até o ano de 2009. Tem o intuito de verificar pelo discurso relatado no Livro Didático de Português o controle direcionado à prática do professor e ao fazer do aluno em situações de ensino. Teoricamente, buscamos contribuições que advém da Análise do Discurso de filiação francesa, para que possamos analisar as construções ideológicas presentes no discurso dos LDP, mais especificamente, o controle direcionado ao professor e ao aluno, usuários do livro, nas atividades de escrita. Compartilhamos da proposta de Althusser (1918-1985), autor que considera a escola como parte dos Aparelhos Ideológicos do Estado (AIE) que busca assegurar, por meio do ensino, uma submissão à ideologia dominante ou ao domínio de sua prática. Tendo em vista que o livro didático (LD) se insere em um contexto mais amplo que transcende o sistema educacional - o mercado ao qual serve e seus usuários, professores e alunos – confirma-se que uma análise crítica do Livro Didático não pode ser feita de forma isolada. Para entender o LD e seu funcionamento, é necessário um mapeamento sobre o seu contexto. O foco de nossa análise são as propostas de escrita apresentadas nos referidos LDP publicados nas respectivas décadas, tendo como referência as modificações nas políticas educacionais do Brasil feitas a partir da década de 1970, devido à presença cada vez mais constante do Livro Didático na organização dos saberes e das práticas de sala de aula. Por meio das análises, foi possível demonstrar que, na Escola Básica, no geral, a prática de escrita concentra-se, prioritariamente, em atividades de cópia, reprodução, reescritura e, em estágios mais avançados, em atividades que partem de modelos preestabelecidos, solicitando aos alunos que produzam textos com temas similares, seguindo a estrutura sugerida. Trata-se de supostos ideais a serem seguidos e imitados pelos alunos, privando-os de assumir sua autoria. Dessa forma, acreditamos que, para inserir o aluno no mundo da escrita, é preciso ir além de modelos canônicos de texto, prática que distancia os alunos da possibilidade de serem “autores”. Em contrapartida a essa tendência, nos deparamos, na contemporaneidade, com propostas que priorizam a autoria, a criação de um estilo. Desse modo, partimos da premissa de que escrever implica em um trabalho específico que se realiza com a linguagem (RIOLFI, 2003). Assim sendo, o trabalho de escrita vai além da mera tarefa escolar, como a solicitada pela grande maioria dos LDP, por meio de modelos canônicos de textos, mas pode permitir um trabalho específico com a linguagem que se realiza por aqueles que se dispõem a criar e sustentar uma discursividade, por meio da qual possa se instalar um estilo de escrever.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1673309 - SULEMI FABIANO CAMPOS
Interno - 1149420 - MARIA DA PENHA CASADO ALVES
Interno - 349685 - MARIA DAS GRACAS SOARES RODRIGUES
Externo à Instituição - THOMAS MASSUO FAIRCHILD - UFPA
Notícia cadastrada em: 21/01/2013 14:59
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa11-producao.info.ufrn.br.sigaa11-producao