VOU ESTAR FAZENDO ... UM ESTUDO FUNCIONALISTA DE UMA (NOVA) FORMA PERIFRÁSTICA DE FUTURO.
gerúndio, futuro, funcionalismo
O trabalho em evidência analisa o uso das formas perifrásticas gerundivas – FPG – (ir+estar+gerúndio) no discurso (gênero aula) dos professores de Natal, Caicó e Serra Negra do Norte, cidades potiguares. Para isso, optou-se por constituir um corpus uma vez que os dados encontrados em outros corpora (VALPB, D&G) foram inexpressivos para a pesquisa. O estudo procura elucidar as razões que levam o falante a utilizar uma forma de futuro estruturalmente mais longa em detrimento de outra mais curta; investiga como se dá a manifestação da gramaticalização e da marcação – princípios funcionalistas propostos por Givon. Além de Givón (1979, 1984, 1990, 1995 e 2001), outros autores serviram de luz: Cunha (1986); Bechara (2006); Cunha e Cintra (2007); Perini (2006); Neves (2000, 2006) Silva (2005); Furtado da Cunha e Tavares (2007); Gibbon (2000); Torres (2009), entre outros. Após o estudo, emergiram os resultados que apontam o surgimento de uma nova forma de expressão de futuro com tendência a gramaticalizar-se.