Banca de DEFESA: NEDJA LIMA DE LUCENA - (Retificação)

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: NEDJA LIMA DE LUCENA

DATA: 09/07/2010

HORA: 00:00

LOCAL: AUDITORIO

TÍTULO:

A relação gramatical objeto direto: implicações para o ensino de língua materna


PALAVRAS-CHAVES:

Estrutura argumental, objeto direto, protótipo, ensino de língua


PÁGINAS: 203

GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes

ÁREA: Lingüística

SUBÁREA: Lingüística Aplicada

RESUMO:

Este trabalho tem por objetivo investigar as manifestações discursivas da relação gramatical objeto direto, tomando por base os níveis sintático-semântico e discursivo-pragmático que subjazem à manifestação desse elemento. Para isso, a pesquisa é orientada pelo quadro teórico do funcionalismo, na sua vertente norte-americana e brasileira, de inspiração em Givón (1995, 2001), Hopper e Thompson (1980), Chafe (1979), Furtado da Cunha, Oliveira, Martelotta (2003), entre outros. Do ponto de vista dessa corrente teórica, a pesquisa aplica os princípios de iconicidade, marcação e informatividade, e examina as categorias transitividade, plano discursivo e animacidade. A pesquisa se ancora, ainda, na linguística cognitiva, em especial, no modelo dos protótipos (TAYLOR, 1995) e da gramática das construções (GOLDBERG, 1996, 2002). Essas duas correntes teóricas compartilham a visão de que a língua é um organismo vivo e maleável, sujeito às pressões oriundas dos contextos socioculturais. A gramática, por sua vez, é o resultado de padrões linguísticos criados, mantidos e sistematizados no e para o uso da língua. De acordo com a linguística funcional e a linguística cognitiva, os verbos são armazenados no léxico do falante em molduras, ou enquadres sintático-semânticos, que são mais frequentes no uso interacional da língua. Essas molduras trazem informação sobre que argumentos são obrigatórios e quais são opcionais, bem como que papéis semânticos esses argumentos desempenham na oração. A análise prioriza os tipos semânticos de verbo e sua relação com o argumento codificado sintaticamente como objeto direto, observando, ainda, a natureza aspectual dos verbos. Os objetos diretos são classificados quanto à codificação morfológica (Sintagma Nominal lexical ou Sintagma Nominal pronominal), papel semântico, status informacional e animacidade. O trabalho busca estabelecer uma ponte entre teoria linguística e ensino de língua, na medida em que examina os fenômenos relacionados à estrutura argumental e a maneira como esses fenômenos são tratados no âmbito dos livros didáticos escolares. A fonte dos dados empíricos é o Corpus Discurso & Gramática: a língua falada e escrita na cidade do Natal (FURTADO DA CUNHA, 1998), composto por textos na modalidade falada e seus correspondentes na modalidade escrita, que se configuram em diferentes tipos, a saber: narrativa de experiência pessoal, narrativa recontada, descrição de local, relato de procedimento e relato de opinião. As amostras totalizam um conjunto de quarenta textos produzidos por quatro informantes do último período universitário. O trabalho evidencia que uma mesma estrutura sintática (formada por Sujeito – Verbo – Objeto) corresponde a diferentes estruturas semântico-pragmáticas, relacionadas a determinados fins comunicativos, seja o verbo de evento, processo ou estado.  Essas estruturas argumentais não são aleatórias, mas estão relacionadas à experiência, isto é, ao modo como os seres humanos apreendem o mundo e falam sobre ele.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1673239 - JOSE ROMERITO SILVA
Presidente - 347607 - MARIA ANGELICA FURTADO DA CUNHA
Externo à Instituição - MARIA MEDIANEIRA DE SOUZA - UFPE
Notícia cadastrada em: 24/09/2010 08:28
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