Banca de DEFESA: BEATRIZ MENDES E MADRUGA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BEATRIZ MENDES E MADRUGA
DATA : 09/06/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

“TRILOGIA DA TORTURA”: MULHERES E SEUS DISCURSOS NOS ROMANCES DE HELONEIDA STUDART


PALAVRAS-CHAVES:

Heloneida Studart. Trilogia da tortura. Ditadura. Literatura. Feminino.


PÁGINAS: 170
RESUMO:

Durante as décadas de 1970 e 1980, a escritora e jornalista Heloneida Studart publicou, dentre outras obras, três romances aos quais chamou de “Trilogia da tortura”: O pardal é um pássaro azul (1975), O estandarte da agonia (1981), O torturador em romaria (1986). Nessas obras, Studart narra vidas cotidianas que acontecem durante a ditadura civil-militar brasileira. Todas as três obras dão grande protagonismo a figuras femininas, sendo as duas primeiras narradas em primeira pessoa por narradoras que são, também, as personagens protagonistas. O terceiro livro tem como narrador um torturador, que rememora diferentes momentos em que torturava presos políticos, enquanto traça para si um novo caminho presente e futuro. A análise dos livros dessa trilogia possibilitou perceber diferentes nuances em torno das figuras femininas, conduzindo dessa forma a uma análise mediada por duas chaves de leitura: os discursos que as mulheres dizem umas às outras, quando em diálogo direto; e a evolução da personagem feminina protagonista enquanto o enredo avança. Para apoiar tal análise e ampliar nossa compreensão, recorremos à teoria do Círculo de Bakhtin, no que tange a orientações metodológicas e a concepções de discurso e linguagem presentes em Bakhtin (2015, 2016, 2017) e Medviédev (2012) principalmente. Aliadas às ideias bakhtinianas, discussões de autoras como Saffioti (2013, 2015), Butler (2017), Cisne (2012), hooks (2019) e Beauvoir (1980) endossam as análises desses discursos e, especialmente, das personagens mulheres, análises que serão impulsionadas pelo detalhamento dos enredos, em transcrições fortuitas e esclarecedoras. O arremate dessas análises nos faz perceber dois movimentos aparentemente opostos produzidos pelas duas chaves de leitura: discursos diretos com ideias conservadoras, cuja direção é a de estagnar a dependência da figura feminina na sociedade; e evolução de personagens mulheres que vão traçando o caminho inverso, da construção de independência, autonomia e destemor. Essa aparente contradição ilustra o movimento feminino e feminista àquele período, e também o atualiza, mostrando a tensão de forças discrepantes que a sociedade ainda galga no que tange à independência do feminino e às representações de mulher.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1513790 - ANDREY PEREIRA DE OLIVEIRA
Interno - 2312500 - MAURO DUNDER
Externa ao Programa - 1223367 - JULIANE VARGAS WELTER
Externo à Instituição - PAULO CÉSAR THOMAZ - UnB
Externo à Instituição - JOSE VILIAN MANGUEIRA - UEPB
Notícia cadastrada em: 07/06/2021 00:11
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