Banca de DEFESA: DANIELLE BRITO DA CUNHA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DANIELLE BRITO DA CUNHA
DATA : 04/09/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

Penso e (Re)Posto, Logo Existo: Uma Análise Dialógica das Identidades Através do Signo #Enemfeminista

 


PALAVRAS-CHAVES:

 

 

 

 

 

1.      PALAVRAS-CHAVE EM PORTUGUÊS: Identidade. Twitter. Dialogismo.

 

 


PÁGINAS: 224
RESUMO:

 

 

 

Hall (2006), em suas pesquisas no campo dos Estudos Culturais, nos aponta para a fragmentação da identidade em suas diferentes e possíveis construções; Bauman (2005), por sua vez, discorre sobre a liquidez identitária, sua propriedade de mudança constante de forma. Bakhtin, finalmente, defende que o sujeito não é uma entidade fixa, mas transita em um movimento de (re)significação, em constante relação consigo mesmo e com o outro. Para ele e seu Círculo, a partir do momento que algo é enunciado, passa a significar, refratar e refletir. É a partir dessa pluralidade identitária que emerge o discurso e nele percebemos uma constante tensão, isto é, os enunciados estão embebidos em: ideologias, responsabilidade/responsividade, alteridade e memória discursiva. As (des) construções desses sujeitos são fruto dessa tensão e para tentar resolvê-la, o sujeito sente a necessidade de falar sobre ela. Dessa maneira, a dinâmica da identidade, fluída e plural, perpassa o discurso, mostrando a relação que o sujeito constrói consigo e com o outro, o que Bakhtin já apontava como uma relação dialógica. Ou seja, há uma necessidade crescente e urgente do sujeito de pertencer, de ser, de estar e de ter sua verdade ouvida, seja através de reivindicações - como, por exemplo, pela adesão a movimentos sociais, movimentos feministas, movimentos partidários,- ou por desconstruções desvinculadas a esses movimentos ou por posicionamentos, oriundos de experiências pessoais, mostrando as imposições sociais, construções e subversões de padrões, ideologias acolhidas e rejeitadas. A fragmentação se faz no tempo e espaço, numa relação de exotopia e cronotopia, nessa direção, as fronteiras entre o público e o privado se estreitam, por meio de redes sociais, ficam fluidas, esmaecem, enquanto também mudam. O formato velho e novo coexistem de forma líquida, tornando novas as estruturas, ou retornando às mesmas assim o sujeito deseje, por isso, meu eu físico e meu eu virtual, minha vida pessoal e minha vida pública, minhas relações reais e intimas e minhas relações apenas através de uma tela já se misturam de tal forma que podem ser confundidas entre si. Nessa fragmentação que nos leva a pensar para além dos aspectos estruturais e composicionais da linguagem, percebemos a necessidade de analisar e compreender como determinados discursos são (re)produzidos, circulam e são (ou não) aceitos nas práticas sociais, como eles contribuem ou não para essa (re)significação identitária. Sendo assim, com o intuito de analisar essa dimensão multifacetada, tomamos um corpus de cinquenta  Tweets sob a hashtag #enemfeminista, dos quais foram escolhidos vinte e quatro como amostragem, signo esse que surge a partir do tema “a persistência da violência contra a mulher” da redação do Enem 2015. O objetivo deste trabalho é, assim, compreender como determinados discursos são (re)produzidos, circulam e são (ou não) aceitos nas práticas sociais, como eles contribuem ou não para essa (re)significação identitária. Para subsidiar a pesquisa, recorreremos aos Estudos Culturais, aos Estudos feministas e à Linguística Aplicada, partindo do arcabouço teórico metodológico da Análise Dialógica do Discurso, e por fim, aos textos de Bakhtin e Círculo. A pesquisa nos apontou, em primeira instância, a confirmação das identidades fragmentadas, coexistindo em meio a uma turbulenta conjuntura político-social; em segunda instância, percebemos a forte necessidade de pertencimento emitida pelos sujeitos em seus enunciados, assim como a forte influência das esferas comunicativas, através de discursos que mostram macrogrupos – feministas x antifeministas-, ao mesmo tempo em que se fragmentam em micro identidades plurais.

 


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1476540 - CELLINA RODRIGUES MUNIZ
Externo à Instituição - HÉLIO MÁRCIO PAJEÚ
Externa à Instituição - LUCIANE DE PAULA - UNESP
Interna - 1149420 - MARIA DA PENHA CASADO ALVES
Presidente - 2211871 - RENATA ARCHANJO
Notícia cadastrada em: 11/08/2020 09:52
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