Banca de QUALIFICAÇÃO: NOURAIDE FERNANDES ROCHA DE QUEIROZ

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NOURAIDE FERNANDES ROCHA DE QUEIROZ
DATA : 31/01/2020
HORA: 08:30
LOCAL: Auditório A
TÍTULO:

 

 

 

PONTOS DE VISTA E RESPONSABILIDADE ENUNCIATIVA EM RELATÓRIOS TÉCNICOS DE PROCEDIMENTOS RESTAURATIVOS NO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

 

PALAVRAS-CHAVES:

 

 

 

Relatório técnico de procedimentos restaurativos. Análise textual dos discursos. Ponto de vista. Responsabilidade enunciativa. Ministério Público.

PÁGINAS: 129
RESUMO:

Esta pesquisa tem como objetivos identificar, descrever, analisar e interpretar o ponto de vista (PDV) e a Responsabilidade Enunciativa (RE) em Relatórios Técnicos de Procedimentos Restaurativos. Trata-se de gênero discursivo do domínio jurídico, no âmbito do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MPRN). O corpus está constituído de 10 (dez) Relatórios, os quais se referem a conflitos comunitários, escolar e/ou familiar, os quais implicaram a aplicabilidade de práticas restaurativas, solicitadas por Promotorias de Justiça da Infância e Juventude, na busca de resoluções pacíficas desses conflitos.  A pesquisa se ancora na Análise Textual dos Discursos (ATD), proposta por Adam (2011), que originou a partir da Linguística Textual (LT) e da Linguística Enunciativa (LE). Essa abordagem permitiu descrever o plano de texto dos Relatórios e analisar estratégias linguísticas que indicam a (não) assunção da RE, por parte do locutor/enunciador primeiro (L1/E1), ou seja, pelos facilitadores das práticas restaurativas. Além disso, a abordagem enunciativa nos permitiu, a partir dos estudos de Rabatel (2003, 2009, 2010, 2016, 2017, 2018), aprofundar a análise do PDV e da RE. A análise desses fenômenos dialógicos e polifônicos considerou os diferentes tipos de representação da fala na circulação do discurso e no papel do9l1/E1), quando assume a responsabilidade pelo conteúdo proposicional do próprio dizer ou quando o imputa a outrem. A investigação seguiu Guentchéva (1990, 1993, 1994, 1996, 2011, 2014), no que diz respeito ao quadro mediativo (MED), a partir de marcas linguísticas, as quais permitiram identificar o engajamento ou distanciamento do enunciador em relação ao conteúdo proposicional dos enunciados. Igualmente, seguimos estudos de Rodrigues, Passeggi e Silva Neto (2014), Rodrigues (2016a, 2016b, 2017, 2018), Rodrigues e Passeggi (2016), Lourenço (2008, 2015, 2018), na interface linguagem/discurso jurídico. Para desenvolver a pesquisa, adotamos a metodologia qualitativa, bibliográfica e documental e o método indutivo. Em suma, a análise do corpus nos permitiu identificar que o plano de texto varia, trata-se de um plano de texto ocasional. No que diz respeito à responsabilidade enunciativa, os dados mostraram que, algumas vezes, o enunciador primeiro  assume a responsabilidade enunciativa, outras, ele a imputa a outra pessoa. Por fim, encontramos ocorrência, também, do quadro mediativo.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 349685 - MARIA DAS GRACAS SOARES RODRIGUES
Interno - 349707 - LUIS ALVARO SGADARI PASSEGGI
Interna - 348014 - MARISE ADRIANA MAMEDE GALVAO
Externo ao Programa - 1168647 - MARIO LOURENCO DE MEDEIROS