Banca de DEFESA: ADRIANO CÉSAR LIMA DE CARVALHO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ADRIANO CÉSAR LIMA DE CARVALHO
DATA : 11/12/2017
HORA: 14:00
LOCAL: AUD C DO CCHLA
TÍTULO:

A CONSTRUÇÃO DE UM DISCURSO IDENTITÁRIO LGBT POR MEIO DE CANAIS DE HUMOR GAY DO YOUTUBE


PALAVRAS-CHAVES:

Humor Gay; Grotesco; Carnavalização; LGBTT; Performatividade de Gênero; Análise do Discurso; YouTube.


PÁGINAS: 120
RESUMO:

Nesta pesquisa, analisamos a produção LGBTT de efeito humorístico em canais de humor gay do YouTube, enquanto discursivização das forças centrífugas e centrípetas homonormativas. O humor gay dos canais pesquisados usa a carnavalização (força centrífuga) como técnica de humor para gerar rupturas (resistência e transgressão) no discurso homonormativo, que se apresenta uma reprodução do discurso heteronormativo. Enquanto a teledramaturgia tem midiatizado o discurso homonormativo (casais de gays felizes, bem casados e bem sucedidos, constituindo família através da adoção etc.) para gerar o efeito de aceitação social por semelhança com o discurso heteronormativo (que por sua vez tem semelhanças com o discurso patriarcalista, pró-família tradicional, anti-relacionamento aberto, contra a sexualidade livre e não normatizada), os canais de humor gay têm recorrido ao grotesco e à carnavalização para resistir e transgredir ao discurso homonormativo e também para deslocar das margens para o centro os sujeitos LGBTT que não se guiam homonormativamente. Nossa pesquisa tem evidenciado que esse tipo de produção humorística se vale, às vezes, de uma linguagem codificada (Pajubá, Bajubá ou Bichês), evocando práticas sociais e construções simbólicas do cotidiano, do subjetivo e do identitário gay, não raro tornando-se essa produção linguístico-imagético-humorística opaca e inacessível em seus efeitos de sentido humorístico para outros grupos sociais, não gerando o riso pela ausência neles de certos saberes e memórias (POSSENTI, 2010). O discurso do grotesco aqui também identificado constitui uma parte significativa do corpus analisado: 6 vídeos respectivamente extraídos dos canais de humor gay Chá dos 5, Põe na Roda, Las Bibas From Viscaya, Bicha Melhore, Canal das Bee e Laranjas Bahia. Para tratar deste discurso em particular, utilizamos as proposições sobre o grotesco de Mikhail Bakhtin (1999) e as categorias do grotesco criadas por Muniz Sodré e Raquel Paiva (2002). O grotesco e a carnavalização (força centrífuga) funcionam como procedimentos e técnicas de humor, colocando-se nos vídeos contra as representações do discurso homonormativo. A análise das condições de possibilidade (FOUCAULT, 1996; 1971; 2000; 1990) desse humor nos foram de grande importância e acuidade, bem como a discussão da performatividade de gênero da filósofa norte-americana Judith Butler (1993; 1997; 1999) e seu respectivo viés no que concerne às relações de gênero e de poder, levando-se em consideração a fabricação das subjetividades e identidades, como também o exercício da resistência e da transgressão. Para a realização dessa investigação, apoiamo-nos sobre a base teórico-conceitual e metodológica da Análise do Discurso de filiação francesa.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1476540 - CELLINA RODRIGUES MUNIZ
Interno - 1149420 - MARIA DA PENHA CASADO ALVES
Externo ao Programa - 3943432 - JOSENILDO SOARES BEZERRA
Externo à Instituição - DAIANY FERREIRA DANTAS - UERN
Externo à Instituição - NELSON BARROS DA COSTA - UFC
Notícia cadastrada em: 07/12/2017 15:08
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